LITERATURA ENQUANTO GESTO: MEMÓRIA E FICÇÃO EM DOIS ROMANCES DE MIGUEL SANCHES NETO

Autores

  • Igor Ximenes Graciano

Resumo

No artigo faz-se um estudo comparado entre os romances Chove sobre minha infância (2000) e Chá das cinco com o vampiro (2010), de Miguel Sanches Neto, no sentido de compreender os diferentes pactos estabelecidos entre autor e leitor na narrativa do Eu. Entre os discursos romanesco e o autobiográfico, estas duas obras perfazem a representação do gesto literário no limite entre a escrita da memória – a recuperação do vivido – e sua ficcionalização. Para tanto, busca-se definir brevemente o conceito-metáfora de gesto literário como a figuração, no espaço do romance, do escritor no momento ou em torno de seu ofício. Nas narrativas de Miguel Sanches a ambiguidade entre fato e invenção se faz pelo uso do nome próprio, no primeiro, além de outros indicadores claramente vinculados à biografia do autor. Esgarçadas as fronteiras, memória e ficção compõem o campo de atuação do escritor.

Biografia do Autor

Igor Ximenes Graciano

Mestre em Literatura pela Universidade de Brasília e Doutorando em Literatura Comparada na Universidade Federal Fluminense (UFF). E-mail: ixgraciano@gmail.com

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Como Citar

Ximenes Graciano, I. (2014). LITERATURA ENQUANTO GESTO: MEMÓRIA E FICÇÃO EM DOIS ROMANCES DE MIGUEL SANCHES NETO. EntreLetras, 3(2). Recuperado de https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/entreletras/article/view/954