O RETRATO E A “INDEISCÊNCIA” DE OSCAR WILDE: uma aplicação da fenomenologia aos estudos literários

Autores

  • Akemi Nakasone Peel Furtado de Oliveira
  • Luiz Roberto Peel Furtado de Oliveira

Resumo

Neste pequeno texto, os autores traçam um paralelo entre Oscar Wilde e Merleau-Ponty noque tange à deiscência da contemplação artística, ou seja, vislumbram o despertarpossibilitado pela arte como uma das aberturas críveis para a cognição madura e consciente,sendo que a personagem principal do romance se torna indeiscente, justamente por contrariaresse processo, por não permitir o desabrolhar da sua contemplação intuitiva. A relação deDorian Gray com o retrato se estabelece como uma indeiscência ou um fechamento para asemiose vital que forma repertórios e que permite o desabrochar e o desenrolar de processospsíquicos superiores. O conflito de Dorian é mimese da inquietação elementar do seu autor,pois Wilde cria uma história cujo conflito básico é a efemeridade da beleza – o belo é finito ea morte, sua companheira mais fiel, inevitável; e, paralelamente à fábula, constrói um enredocujo conflito é o fracasso da personagem principal em atingir o prazer puramente estético, jáque o jovem atribuíra ao retrato uma função purgatória.

Biografia do Autor

Akemi Nakasone Peel Furtado de Oliveira

Akemi Nakasone Peel Furtado de Oliveira é atriz e estudante de Psicologia da Universidade Federal de SãoPaulo.

Luiz Roberto Peel Furtado de Oliveira

Luiz Roberto Peel Furtado de Oliveira é Doutor e Mestre em Letras Clássicas, Bacharel em Letras, Arquitetoe Urbanista e professor do Curso de Letras da Universidade Federal do Tocantins.

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Como Citar

Nakasone Peel Furtado de Oliveira, A., & Roberto Peel Furtado de Oliveira, L. (2014). O RETRATO E A “INDEISCÊNCIA” DE OSCAR WILDE: uma aplicação da fenomenologia aos estudos literários. EntreLetras, 2(2). Recuperado de https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/entreletras/article/view/902