v. 1 n. 43 (2020): Patrimônio cultural no estado do Tocantins: materialidade e a imaterialidade

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Esta coletânea compõe estudos desenvolvidos e/ou concluídos sobre memória, patrimônio material e imaterial do estado do Tocantins. Traz uma ampla abrangência, buscando uma interdisciplinaridade com autores em diversas áreas do conhecimento para múltiplos olhares sobre o patrimônio. Tocantins, Unidade da Federação, é nosso recorte territorial sobre leituras patrimoniais com aspectos da geografia, história e arquitetura. É o Estado mais jovem do Brasil, mas com sua territorialidade arraigada no antigo com nuances no moderno. Ao se discutir o patrimônio cultural e a história do Tocantins, imprescindível que se mencione o estado de Goiás, pois os registros documentais sobre Tocantins ainda estão armazenados, em sua maioria, neste Estado, antes do desmembramento em 1988 denominado antigo norte goiano. A composição desta coletânea retrata, nos onze capítulos, a história e o rememoramento dos tocantinenses sobre sua cultura, tradição e identidade como forma de expressão e registros que constituem ferramentas de apoio à preservação do patrimônio nacional. A temática do livro nos remete ao patrimônio cultural e imaterial não apenas a um passado distante e nem tão pouco arcaico, mas também ao patrimônio moderno. É um convite à leitura de diferentes temporalidades vivenciadas em diferentes espaços geográficos do antigo norte goiano e atual estado do Tocantins, com vários olhares nos diálogos interdisciplinares. Diversos conceitos dão visibilidade e apresentam à sociedade tocantinense e aos demais interessados na temática por meio de uma amostra de estudos realizados por esses pesquisadores. Parte dos capítulos são relatos de estudo feitos bem como de experiências vividas expressas pela cultura e memória por meio das pesquisas concluídas, desde cidades consideradas centenárias, como Natividade e Porto Nacional, bem como a modernidade estampada pela capital Palmas/TO. Outros elementos são destacados nos capítulos, que vão desde arquitetura, patrimônio cultural, educacional e religioso até impactos socioeconômicos ambientais que marcaram a transformação da paisagem, descaracterizando o antigo, refuncionalizando e construindo o moderno. Assim, ressignifica o passado por meio das construções e reconstitui um novo presente por meio das construções e peças como símbolos de identidade local. Na imaterialidade, destacamos as festas populares e o saber fazer, como técnicas artesanais, danças, músicas, tradição, promovendo a valorização, a preservação e a fruição do patrimônio cultural brasileiro. Esta obra, enquanto referência, objetiva trazer em cada capítulo um mosaico de história, costumes e hábitos da população tocantinense. As releituras se tornam um olhar atento das lembranças que possam ser vivenciadas por meio das fontes documentais.

Publicado: 2020-12-18

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