ECOSSOCIALISMO – REFLEXÕES SOBRE O CONCEITO A PARTIR DA OBRA “O QUE É ECOSSOCIALISMO?” DE MICHEL LÖWY

Autores

  • Denis Mello Universidade de São Paulo - EACH (Escola de Artes, Ciências e Humanidades)
  • Bruno Lima Universidade de São Paulo - EACH (Escola de Artes, Ciências e Humanidades)
  • Andre Simões, Prof. Dr. Universidade de São Paulo - EACH (Escola de Artes, Ciências e Humanidades)
  • Mariana Domingues, Profa. Dra. Universidade de São Paulo - EACH (Escola de Artes, Ciências e Humanidades)
  • Carolina Corrêa Universidade de São Paulo - EACH (Escola de Artes, Ciências e Humanidades)
  • Fernanda Souza Universidade de São Paulo - EACH (Escola de Artes, Ciências e Humanidades)
  • Ingrid Gonçalves Universidade de São Paulo - EACH (Escola de Artes, Ciências e Humanidades)
  • Júlia Finotti Universidade de São Paulo - EACH (Escola de Artes, Ciências e Humanidades)
  • Leticia Shimabukuro Universidade de São Paulo - EACH (Escola de Artes, Ciências e Humanidades)

DOI:

https://doi.org/10.20873/uft.23593652201961p31

Resumo

O presente estudo alicerça-se no debate a respeito do conceito de Ecossocialismo proposto por Michel Löwy. Ecossocialismo representa uma abordagem alternativa e crítica ao conceito de Desenvolvimento Sustentável sob uma perspectiva liberal, tal qual tem sido propagado como ideário dominante à busca por um modelo alternativo de desenvolvimento frente à crise ecológica global. A reflexão sobre a temática ecossocialista mostra-se essencial na formação de cidadãos críticos, capazes de discernir a respeito da questão socioambiental. Foi possível depreender que a proposta ecossocialista de Löwy nos convida o tempo inteiro a mudar de lógica, contribuindo para um abandono ao supérfluo, ao acúmulo inútil, à velocidade “maquínica”, ao desperdício e à acumulação de acúmulo. Foi possível inferir que o Ecossocialismo se apresenta como proposta fulcral no tratamento das questões socioambientais contemporâneas, dado que transcende os limites do pragmatismo desenvolvimentista e do “senso-comum” que tem orientado as discussões sobre desenvolvimento sustentável.

Referências

ACSELRAD, H. Prefácio à segunda edição. In ACSELRAD, H. (org). A duração das cidades: sustentabilidade e risco nas políticas urbanas. Rio de Janeiro: Lamparina, pp.19-36, 2009.

BURKETT, P. Marx and Nature: A Red and Green Perspective. Haymarket Books, 2014.

CASTREE, N. Marxism and the production of nature. In: Capital and Class, vol. 24, nº 3, pp. 5-36, 2000.

CHAUÍ, M. O que é ideologia. São Paulo: Brasiliense, 2008.

FOSTER, J. B. Marx’s Ecology: Materialism and Nature. Monthly Review Press, 2000.

LÖWY, M. O que é o Ecossocialismo? São Paulo: Cortez, 2014.

LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Fundamentos de metodologia científica. São Paulo: Atlas, 2003.

MALM, A. Fossil Capital: The Rise of Steam Power and the Roots of Global Warming. Verso, 2016

MARX, Karl; ENGELS, F. Manifesto comunista. São Paulo: Boitempo Editorial, 1998.

MONTIBELLER-FILHO, G. O mito do desenvolvimento sustentável: meio ambiente e custos sociais no moderno sistema produtor de mercadorias. Santa Catarina: UFSC, 2008.

O'CONNOR, J. Causas naturales: ensayos de marxismo ecológico. Ciudad de México: Siglo XXI, 2001.

ONU/CNUMAD. Agenda 21, 1992.

POTT, C. M.; ESTRELA, C. C. Histórico ambiental: desastres ambientais e o despertar de um novo pensamento. Estudos Avançados, vol.31, n.89 pp.271-283. 2017. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142017000100271&lng=en&nrm=iso.

RODRIGUES, A. M. Problemática ambiental = Agenda política: Espaço, Território, Classes sociais. Boletim Paulista de Geografia: “Perspectiva Crítica” nº 8, p.91 a 110, Dezembro de 2005.

RODRIGUES, A. M. A matriz discursiva sobre o “meio ambiente”: Produção do espaço urbano – agentes, escalas, conflitos. In SOUZA, M. L.; SPOSITO, M. E. B.; CARLOS, A. F. A produção do Espaço Urbano. São Paulo: Contexto, p.207-230, 2014.

SACHS, I. Estratégias de transição para o século XXI. In: BURSZTYN, M. (org). Para pensar o Desenvolvimento Sustentável. São Paulo: Brasiliense, 1993.

SAPKUS, S. O. Procesos sociales y degradación ambiental: debates recientes en el eco-socialismo. Folia, Resistencia, n. 25, p. 189-205, abr. 2016. Disponível em: http://www.scielo.org.ar/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0325-82382016000100010&lng=es&nrm=iso>. Acesso em setembro/ 2017.

SOUZA, M. L. O desafio Metropolitano: um estudo sobre a Problemática Sócio-espacial nas Metrópoles Brasileiras. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010.

TADEU, N. D.; LIMA, B. A.. Questão ambiental como nova fronteira do Capitalismo: Reflexões críticas a partir da Economia Ecológica e do Ecomarxismo. Anais do II Simpósio Interdisciplinar de Ciência Ambiental. pp. 302-316. Instituto de Energia e Ambiente – USP. São Paulo, 2016.

THOMPSON, E. P. Notas sobre o exterminismo, o estágio final da civilização. In: THOMPSON, E. P. Exterminismo e Guerra fria. Trad. de Denise Bottmann. São Paulo: Brasiliense, p. 20-21, 1985.

TOKAR, B. Toward Climate Justice: Perspectives on the Climate Crisis and Social Change. New Compass Press, 2014.

WALLIS, V. Capitalist and socialist responses to the ecological crisis. Monthly Review, Vol. 60, Nº 6, pp. 25-40, 2008.

WCDE. Our Common Future, 1987

Downloads

Publicado

2019-03-30

Como Citar

Mello, D., Lima, B., Simões, A., Domingues, M., Corrêa, C., Souza, F., … Shimabukuro, L. (2019). ECOSSOCIALISMO – REFLEXÕES SOBRE O CONCEITO A PARTIR DA OBRA “O QUE É ECOSSOCIALISMO?” DE MICHEL LÖWY. DESAFIOS - Revista Interdisciplinar Da Universidade Federal Do Tocantins, 6(1), 31–44. https://doi.org/10.20873/uft.23593652201961p31

Edição

Seção

Artigos