EPIDEMIOLOGIA DO OFIDISMO EM UMA AMOSTRA DE PACIENTES PEDIÁTRICOS NO TOCANTINS: UM ESTUDO TRANSVERSAL RETROSPECTIVO
DOI:
https://doi.org/10.20873/2025_jul_15963Resumo
Estudos epidemiológicos sobre ofidismo na população pediátrica brasileira são escassos na região Norte do país, principalmente no Tocantins, dificultando a prática de medicina baseada em evidências para soluções clínicas robustas, bem como a promulgação de políticas para a promoção, proteção e recuperação de saúde. Este estudo teve como objetivo descrever aspectos epidemiológicos e de tratamento aos ofidismos em uma amostra de pacientes pediátricos no estado do Tocantins/Brasil. Um estudo epidemiológico e transversal com direção temporal retrospectiva. Avaliamos a faixa-etária e sexo, localização em que ocorreu o acidente (zona rural ou urbana), tempo decorrido entre a acidente ofídico e o atendimento hospitalar, região anatômica da inoculação, tipo de serpente envolvida no acidente, gravidade do acidente, uso de soro antiofídico, reações ao soro antiofídico, uso de antibiótico profilático ou terapêutico, tempo de administração da medicação, complicações locais e dias de internação. A maioria das vítimas de ofidismo é do sexo masculino, faixa-etária entre 5-10, de zona rural, com tempo entre o acidente ofídico e atendimento entre 1h e 3h. Os ofidismos são mais recorrentes durante dezembro, janeiro, março e maio. O acidente Botrópico foi o mais prevalente, sendo o pé a região anatômica mais acometida. O tempo de internação e uso de antibioticoterapia é de 2 a 7 dias e a complicação clínica mais evidenciada é o abscesso da ferida de inoculação. Em conclusão, embora estes dados sejam provenientes de um Hospital de referência, eles não representam a epidemiologia do ofidismo no estado do Tocantins. Portanto, sugerimos estudos adicionais.
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