INÉRCIA NO ENSINO DE FÍSICA
DOI:
https://doi.org/10.20873/uft.2359-3652.2018vol5n1p46Resumo
Este trabalho investiga as percepções, sobre Inércia, de 30 estudantes do Ensino Médio de uma Escola de Porto Nacional, TO. A partir de um questionário, observou-se que os estudantes, mesmo após o conteúdo ser lecionado em sala de aula, não conseguiram conceituar o termo inércia (apenas 1 estudante foi capaz). Quando o assunto foi tratado de maneira aplicada, com exemplos de corpos em repouso ou em movimento constante, um quantitativo maior foi capaz de responder corretamente (relação de inércia com movimento – 15 estudantes; relação de inércia com repouso – 7 estudantes). Outro destaque é o pequeno número, 12 em 30 estudantes que foram capazes de afirmar existir e exemplificar inércia no cotidiano, mostrando a dificuldade do grupo de estudantes em tratar o tema. Diante dessa realidade, elaborou-se uma oficina de ensino para tratar inércia de maneira experimental, interativa e considerando as concepções dos aprendizes. Dez dias após a oficina, reaplicou-se o questionário para comparar as respostas antes e após a oficina. Os resultados mostraram uma melhora significativa para todas as questões, em quantidade de respostas corretas e na elaboração de tais respostas, o que ajuda a indicar que experimentos e concepções prévias podem auxiliar na melhor aprendizagem.
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