JUSTIÇA RESTAURATIVA COMO PRÁTICA DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS

Autores

  • Cristiane Roque de Almeida Universidade Federal do Tocantins - UFT
  • Gabriela Arantes Pinheiro

DOI:

https://doi.org/10.20873/uft.2359-3652.2017v4n4p180

Resumo

Neste artigo, a partir de pesquisa descritiva, e análise bibliográfica e documental, apresenta-se um resgate histórico e conceitual acerca da evolução da Justiça Restaurativa e de suas práticas, que passaram de meras atividades consensuais executadas por comunidades indígenas, para um procedimento próprio regulamentado e uniformizado de acordo com a realidade do lugar de sua aplicação. Trata-se de um recorte da pesquisa “Justiça Restaurativa no Estado do Tocantins: perspectivas de cidadania e participação social”, em que se analisou o panorama local para o desenvolvimento da Justiça Restaurativa no Tocantins e o processo de institucionalização e implementação dessa modalidade consensual de resolução de conflitos, cujo programa de ampliação e sistematização vem sendo amplamente fomentado e desenvolvido.

Palavras-chave:Justiça Restaurativa. Medidas alternativas de solução de conflitos. Pacificação social.

Biografia do Autor

Cristiane Roque de Almeida, Universidade Federal do Tocantins - UFT

Mestre em Sociologia, Graduada em Ciências Sociais, professora assistente no Curso de Direito

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Publicado

2017-12-27

Como Citar

Almeida, C. R. de, & Pinheiro, G. A. (2017). JUSTIÇA RESTAURATIVA COMO PRÁTICA DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS. DESAFIOS - Revista Interdisciplinar Da Universidade Federal Do Tocantins, 4(4), 180–203. https://doi.org/10.20873/uft.2359-3652.2017v4n4p180

Edição

Seção

Artigos