COMPLEXO DA SOJA E AGRICULTURA MUNDIALIZADA NO ESTADO DO TOCANTINS: CONFIGURAÇÕES E IMPACTOS (2011–2021)
DOI:
https://doi.org/10.20873/2024_v3_7Resumo
O artigo se debruçou na análise sobre o complexo da soja no Tocantins no contexto da agricultura mundializada, com o objetivo de construir uma visão abrangente do complexo da soja no estado. O trabalho utiliza análise bibliográfica e dados quantitativos para produzir uma análise crítica acerca do modelo de desenvolvimento. Entende-se que o estabelecimento do complexo de soja no estado se deu de forma acelerada, inserida a dinâmica rural da região na expansão da fronteira agrícola sobre o bioma Cerrado, o mais destruído e ameaçado nas últimas duas décadas, sobretudo à região do Matopiba. Diante disso, compreende-se o Tocantins como parte de uma Zona Específica de Intensa Acumulação (ZEIA) ao passo que identifica-se e reproduz uma infraestrutura e uma série de dispositivos que viabilizam e incentivam a produção agrícola de soja no estado. No escopo do artigo aponta-se para o saldo do ordenamento econômico em torno da exploração dos territórios e recursos naturais: a crescente do desmatamento e as emissões de gases de efeito estufa, para além do aprofundamento das desigualdades sociais. Encerra-se com uma perspectiva de acirramento das tensões gestadas no âmago do complexo da soja, as quais compreende-se enquanto contradições fundamentais do próprio modelo de desenvolvimento.
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