Moradas Infantis recebe o prêmio do edifício do ano do Royal Institute of British Architects - RIBA PRIZE 2018 SHORTLIST.

2018-11-22

O projeto Moradas Infantis da Fundação Bradesco recebeu mais uma importante premiação nesta última quarta-feira, dia 21 de novembro de 2018. A proposta concorria com outros três projetos excepcionais - a Universidade Central Europeia - Fase 1 de O'Donnell + Tuomey para a Central European University, a Escola Toho Gakuen - Harunori Noda de NIKKEN SEKKEI para a Escola de Música Toho Gakuen e a Bosco Verticale de Boeri Studio para COIMA, Hines. O grande júri presidido por Elizabeth Diller (DS + R) elegeu a proposta do Brasil por ser um projeto que conseguiu demonstrar excelência arquitetônica aliada a um importante impacto social.

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Destinado para acolher 540 crianças das comunidades rurais da região em regime de internato educacional, o projeto de Gustavo Utrabo e Pedro Duschenes da Aleph Zero e Marcelo Rosenbaum e Adriana Benguela da Rosenbaum é constituído por dois edifícios gêmeos, um para meninas e outro para meninos, implantados em extremos opostos do pequeno povoado. A proposta destaca-se por ser uma fusão dos saberes e práticas locais dos moradores e da estética e técnica da arquitetura contemporânea. As edificações possuem um sistema estrutural em madeira e se configuram a partir de uma grande cobertura que abriga os quarenta e cinco dormitórios e as diferentes áreas de estar e lazer. A comunidade local participou do desenvolvimento do projeto desde o início e essa integração resultou em um projeto que, segundo o RIBA, soube demonstrar ser uma ferramenta de transformação social.

Desde sua inauguração em 2017, o conjunto coleciona publicações em várias revistas internacionais e venceu as seguintes condecorações: 4º prêmio de arquitetura Instituto Tomie Ohtake AkzoNobel (2017), American Architecture Prize (2017), o Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Artes (APCA 2017), o 5° Prêmio Saint-Gobain de Arquitetura - Habitat Sustentável (2017), o ArchDaily Building of the Year 2018, o Prêmio Ibramem Amata de Arquitetura em Madeira (2018), o Prêmio Obra do Ano 2018 ArchDaily Brasil, e foi finalista do Prêmio Mies Crown Hall na categoria Americas Prize for Emerging Architects. O projeto também foi apresentado no Pavilhão do Brasil na 16º Bienal de Arquitetura de Veneza de 2018 e atualmente pode ser visto na XAMA - Exposição de Arquitetura Moderna na Amazônia que circula desde agosto pelo país.

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Fotografias : Leonardo Finotti