O polimorfismo do receptor 2A da 5-Hidroxitriptamina (5- HTR2A) e a incidência de doença depressiva no Vale do Rio Pardo
DOI:
https://doi.org/10.20873/jbb.uft.cemaf.v2n4.dickowPalavras-chave:
depressão maior, serotonina, T102C polimorfismo, serotonina A2 receptorResumo
O transtorno depressivo maior é uma doença multifatorial que é influenciada por fatores genéticos e ambientais. Este trabalho teve como objetivo verificar uma possível associação do polimorfismo T102C do gene 5-HTR2A e a depressão maior, pesquisar algumas características sócio-demográficas, histórico familiar de transtornos psiquiátricos e alguns hábitos de vida da população investigada. Realizamos um estudo de caso-controle com 84 indivíduos que vivem no Vale do Rio Pardo. Todos os indivíduos foram genotipados para o polimorfismo T102C. Para os dados sócio demográficos, prevaleceu o gênero feminino e etnia caucasóide para o grupo caso e controle, mas divergiu em relação à educação. O hábito tabágico, número de cigarros fumados, uso de medicamentos e maior contato com agrotóxicos prevaleceu no grupo de pacientes. Ambos os grupos são sedentários e não diferiu no histórico familiar de transtornos psiquiátricos. A frequência alélica e genotípica dos grupos estudados está em equilíbrio de Hardy-Weinberg e para estes resultados não houve associação entre o polimorfismo T102C do gene 5-HTR2A e a depressão maior.
Referências
Bjork, J. M.; Moeller, F. G.; Dougherty, D. M.; Swann, A. C.; Machado, M. A.; Hanis, C. L. (2002), Serotonin 2a receptor T102C polymorphism and impaired impulse control. Americam Jornal of Medical Genetics, 114, 336- 339.
Chevalier, A. e Feinstein, L. (2004), The causal effect of education on depression, 40p.
First, M. B.; Frances, A.; Pincus, H. A . (2000), Manual de Diagnóstico Diferenciado do DSM-IV. 1. ed. Editora Artemed, 1. 248p.
Gazalle, F. K.; Lima, M. S.; Tavares, B. F.; Hallal, P. C. (2004), Sintomas depressivos e fatores associados em população idosa no Sul do Brasil. Revista de Saúde Pública, 38, 365-371.
Guyton, A. C. (1993), Fisiologia Humana e mecanismos das doenças. Editora Guanabara Koogan, 2. 575p.
Hammond, C. (2002), Learning to be healthy. The Wider Benefits of learning paper. London: Institute of Education, 3, 1-36.
Jobim, P. F. C. Possível influência do polimorfismo T102C do gene 5-HTR2A no tempo de vida médio dos seres humanos. Dissertação (Mestrado em Ciências Médicas) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2008.
Jokela, M.; Lehtimaki, T.; Keltikangas-Jarvinen, L. (2007), The influence oh the urban/rural residency on depressive symptoms is moderated by the serotonin receptor 2 A gene. Neuropsychiatric Genetics, 144, 918-922.
Kirchenchejn, C. e Chatkin, J. M. (2004), Diretrizes para a cessação do tabagismo: dependência da nicotina. Jornal Brasileiro de Pneumologia, 30, 11-18.
Khait, V. D.; Huang, Y.; Zalsman, G.; Oquendo, M. A.; Brent, D. A.; Harkavy-Friedman, J. M.; Mann, J. J. (2005), Association of Serotonin 5-HTR2A Receptor Binding and the T102C Polymorphism in Depressed and Healthy Caucasian Subjects. Nature Publishing Group, 30, 166-172.
Lima, M. S. (1999), Epidemiologia e impacto social. Revista Brasileira de Psiquiatria, 21, 1-5.
Lima, I. V. M.; Sougey, E. B.; Filho, H. P. V. (2004), Farmacogenética do tratamento da depressão: busca de marcadores moleculares de boa resposta aos antidepressivos, Revista de Psiquiatria Clínica, 31, 40-43.
Migott, A. M. B. Um estudo do polimorfismo 5HT2A como elo entre tabagismo e depressão. Tese (Doutorado em Medicina e Ciências da Saúde) – Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 2007.
Moreno, R. A.; Moreno, D. H.; Soares, M. B. M. (1999), Psicofarmacologia de antidepressivos. Revista Brasileira de Psiquiatria, 21, 24-40.
Muller, A. S.; Dykes, D. D.; Polesky, H. F. A. (1988), A simple salting out procedure for extracting DNA from human nucleated cells. Nucleic Acids Res, 16, 12-15.
Polesskaya, O. O. e Sokolov, B. P. (2002), Differential expression of the “C” and “t” alleles of the 5-HTR2A receptor gene in the temporal cortex of normal individuals and schizophrenics. Journal of Neuroscience Research, 67, 812-822.
Prado-Lima, P. A. S.; Chatkin, J. M.; Taufer, M.; Oliveira, G.; Silveira, E.; Neto, C. A. (2004), Polymorphism of 5-HTR2A serotonin receptor gene in smoking addiction. Neuropsychiatric Genetics, 128, 90-93.
Ribeiro, S. N. P. (1998), Atividade física e sua interação junto a depressão. Revisão. Revista Brasileira Atividade Física e Saúde, 3, 73-79.
Santos, V. A. Inter-relações entre tabagismo, sintomas depressivos e genética. Tese (Doutorado em Medicina e Ciências da Saúde) - Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 2011.
Santos, M. J. e Kassouf, A. L. (2007), Uma investigação dos determinantes socioeconônicos da depressão mental no Brasil com ênfase nos efeitos da educação. Brazilian Journal of Applied Economics, 11, 5-26.
Silveira, L. D. e Duarte, M. F. S. (2004), Níveis de depressão, hábitos a aderência a programas de atividade físicas de pessoas diagnosticadas com transtorno depressivo. Revista Brasileira Cineantropometria e Desempenho Humano, 6, 36-44.
Souza, F. G. M. (1999), Tratamento da depressão. Revista Brasileira de Psiquiatria, 21, 18-23.
Souza, A.; Medeiros, A. R.; Souza, A. C.; Wink, M.; Siqueira, I. R.; Ferreira, M. B. C.; Fernandes, L.; Hidalgo, M. P. L.; Torres, I. L. S. (2011), Avaliação do impacto da exposição a agrotóxicos sobre a saúde de população rural. Ciência e Saúde Coletiva, 16, 3519-3528.
Wilson, D. Associação de haplótipos de genes do sistema serotoninérgico e impulsividade. Dissertação (Mestrado em Ciências) - Universidade de São Paulo, 2008.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 - Journal of Biotechnology and Biodiversity
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (CC BY 4.0 no link http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer momento antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (disponibilizado em O Efeito do Acesso Livre no link http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html).