Respostas fisiológicas de mudas de Ceiba glaziovii (Kutze) K Skum. à eventos de seca intermitente
DOI:
https://doi.org/10.20873/jbb.uft.cemaf.v9n4.costaPalavras-chave:
barriguda, Caatinga, plasticidadeResumo
A Floresta Tropical Seca brasileira, chamada de Caatinga, apresenta diversas condições ambientais que limitam o crescimento e desenvolvimento dos vegetais, exigindo das plantas que habitam esse domínio fitogeográfico estratégias morfológicas e fisiológicas que garantam a perpetuação e sobrevivência de suas espécies. O objetivo deste trabalho foi avaliar os parâmetros do crescimento inicial de Ceiba glaziovii, espécie arbórea que ocorre na Caatinga, submetidas a seca intermitente. Para tal, plântulas de C. glaziovii foram submetidas a diferentes ciclos de suspensão de rega [rega diária (controle), a cada sete dias (S7) e suspensão da rega até sinais de murcha foliar (SS). Foram avaliados altura, número de folhas, diâmetro do caule, matéria seca dos diversos órgãos, relação raiz/ parte áerea, aréa foliar, e o índice de plasticidade. O prolongamento da seca intermitente apresentou um efeito significativamente redutor nos ritmos de crescimento, na produção de matéria seca e na área foliar das plântulas de C. glaziovii estressadas em comparação as regadas diariamente. A altura e o diâmetro do caule das mudas foram as características mais plásticas encontradas (IP>0,8). Não houve diferença para partição de biomassa e relação raiz/parte áerea. Com isso, intervalos de rega acima de sete dias podem comprometer a produção de mudas de C. glaziovii, demonstrando que a espécie não apresenta grande tolerância a seca durante o período inicial do seu desenvolvimento. É indicado o cultivo das mudas em situações de disponibilidade hídrica ou intervalo de até sete dias entre as regas.
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