Sartre e a literatura
Imaginação, engajamento e liberdade
DOI:
https://doi.org/10.20873/rpv5n2-72Resumo
No ensaio Que é a literatura? publicado originalmente em 1947, Jean-Paul Sartre
desenvolve os seus argumentos em resposta às duras críticas que recebia em razão do princípio
do engajamento característico de suas obras literárias. Esses críticos entendiam que Sartre
utilizava a literatura como pretexto para propagar e defender suas teses políticas e filosóficas,
produzindo assim um tipo de literatura engajada, distorcendo e empobrecendo o sentido nobre
da arte das belles-lettres. Em resposta a essas críticas, a intenção de Sartre é fazer uma exaltação
da literatura, compreendendo-a como um livre desvendamento do sentido de mundo por meio
de um objeto imaginário, um pacto de generosidade entre autor e leitor. Com objetivo de
discutir o sentido filosófico da literatura, este artigo se fundamenta na ontologia
fenomenológica de Sartre e nos argumentos apresentados pelo autor em resposta a seus críticos,
apresentando o princípio de engajamento a partir do conceito de intencionalidade da
consciência e o sentido fenomenológico da imaginação, entendendo que se trata de uma
discussão que embasa filosoficamente o entendimento do autor sobre o que é a literatura e sua
importância para a constituição da subjetividade e afirmação da liberdade.
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