ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS ÓBITOS POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO DO ÚLTIMO DECÊNIO NAS CIDADES MARANHENSES COM MAIORES IDHM
DOI:
https://doi.org/10.20873/RPTfluxocontinuo20504Resumo
Introdução: O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é uma condição caracterizada pela necrose do músculo cardíaco causada pela obstrução das artérias coronárias, sendo uma das principais causas de morte em todo o mundo, incluindo no Brasil. A distribuição e os padrões associados ao IAM podem variar significativamente entre diferentes regiões e populações. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo e analítico, com abordagem quantitativa. Os dados secundários abrangem o período de 2013 a 2022 e foram coletados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do DATASUS e do IBGE. A análise estatística foi realizada através do programa JAMOVI, por meio do teste estatístico ANOVA e da correlação de Spearman. Resultados: No período analisado, a maioria dos óbitos ocorreu em São Luís (62,34%), Imperatriz (21,5%) e São José do Ribamar (7,72%). Balsas (3,9%), Paço do Lumiar (3%) e Porto Franco (1,54%) apresentaram os menores percentuais (p<0,001). Em relação ao gênero, não foi encontrada associação significativa (p=0,067). Quanto ao estado civil, 40,7% dos óbitos foram de indivíduos casados (p<0,001). A faixa etária mais afetada foi a de pessoas com mais de 80 anos, correspondendo a 25,7% (p<0,001). Ademais, 24,3% dos óbitos ocorreram entre pessoas não alfabetizadas (p<0,001), e 68,4% dos registros foram de indivíduos pardos (p<0,001). Outrossim, a análise de correlação de Spearman não encontrou uma relação estatisticamente significativa entre a taxa de mortalidade por município e o IDHM (r=0,147; p=0,264). Conclusão: O perfil epidemiológico dos óbitos por IAM nas cidades analisadas revela uma predominância em áreas com alta densidade populacional, associado a indivíduos pardos, casados, com mais de 80 anos e sem escolaridade. Assim, é essencial um melhoramento da saúde pública a fim de atenuar a mortalidade por IAM.
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