ANÁLISE DOS AFASTAMENTOS DE TRABALHADORES E TRABALHADORAS DA SAÚDE NO ESTADO DO TOCANTINS: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS SERVIDORES NO ANO DE 2022.

Autores

  • João Vitor Sales Santos Universidade Federal do Tocantins
  • Michelle de Jesus Pantoja Filgueira
  • Gabriel Duarte de Oliveira
  • Robson José da Silva.

DOI:

https://doi.org/10.20873/10.20873/uft.2446-6492.2023v10n3p204

Resumo

Muito se discute acerca da saúde e da segurança do trabalhador nos últimos anos, uma vez que o espectro em que os trabalhadores estão inseridos atualmente é, na maioria das vezes, cercado de condições inadequadas. O fato é que os avanços científicos em medicina preventiva, medicina social e saúde pública nas décadas de 1960/1970 expandiram a estrutura explicativa dos processos saudáveis de doença, incluindo sua conexão com o trabalho, o que fez com que essa nova forma de compreender a relação trabalho-saúde e de intervir no mundo do trabalho introduzido na prática da saúde do trabalhador, no campo da saúde coletiva trouxe consigo melhorias que acarretaram também na reforma sanitária no Brasil. Nesse cenário estabeleceu-se um novo paradigma, incorporando algumas referências das ciências sociais para ampliar os horizontes da medicina do trabalho e da saúde do trabalhador, com o intuito de melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores. Porém, apesar de haver esforços para as melhorias das condições de trabalho, percebe-se que existem diversas falhas no sistema atual não só do estado do Tocantins, como no cenário nacional. No mundo moderno em que vivemos, considerando o âmbito da saúde, onde cada minuto é importante, o tempo é muito valioso, o que faz com que as instituições de saúde possuam uma característica de serviço intensificado.

Segundo Dalri et.al, 2014, o arranjo dos serviços ditam o aumento da produtividade e da rotatividade, por meio da carga horária alta devido ao baixo quantitativo de pessoal, a redução das horas de descanso durante a jornada do trabalho, e a superlotação de pacientes nos hospitais e demais serviços de saúde. Isso tudo corrobora para uma tendência do desenvolvimento de riscos ocupacionais, e o consequente afastamento do trabalho, devido a uma persistência desses riscos que acabam ocasionando doenças ocupacionais (Dalri, et al, 2014).

Diante desse espectro de trabalho exaustivo e insalubre, estudos vêm sendo feitos, acerca do estresse profissional e de suas consequências, como doenças ocupacionais e posteriores licenças médicas. Para (Costa et.al, 2014), o absenteísmo, que é definido como a ausência/falta no ambiente de trabalho, devido a diversas causas como patologias, acidentes ocupacionais, etc (Almeida et al, 2015), vem se tornando um problema que merece uma atenção especial por meio do Estado e das instituições de saúde. Nos dias atuais, o aumento do número de licenças médicas está aumentando cada vez mais em meio aos profissionais que trabalham em âmbito hospitalar, o que reforça ainda mais a importância do prosseguimento deste estudo a ser feito.

É importante salientar que o objetivo deste estudo é analisar, por meio de variáveis quantitativas, os trabalhadores no estado do Tocantins que, por motivos de saúde, precisam ser afastados do trabalho, tendo em vista os problemas que isso vem gerando para os outros trabalhadores, que acabam ficando sobrecarregados, e também para os pacientes, que podem ter sua assistência prejudicada pela diminuição da força de trabalho na Saúde e para o Estado, que vai ter custos com quem não está ativo. Portanto, ao final dessa análise do perfil epidemiológico dos afastamentos de trabalhadores e trabalhadoras da saúde no estado do Tocantins no ano 2022, há o propósito de construir propostas e estratégias para poder mitigar esse problema que se tornou tão comum no Tocantins.

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Publicado

2023-12-06

Como Citar

Sales Santos, J. V., de Jesus Pantoja Filgueira, M., Duarte de Oliveira, G., & José da Silva., R. (2023). ANÁLISE DOS AFASTAMENTOS DE TRABALHADORES E TRABALHADORAS DA SAÚDE NO ESTADO DO TOCANTINS: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS SERVIDORES NO ANO DE 2022. Revista De Patologia Do Tocantins, 10(3), 204–212. https://doi.org/10.20873/10.20873/uft.2446-6492.2023v10n3p204

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