Epidemiologia da mortalidade pediátrica por malformações cardíacas congênitas na região norte do Brasil, no período de 2011 a 2018

Epidemiology of pediatric mortality of congenital cardiac malformations in the north region of Brazil between 2011 to 2018

Autores

  • Ingrid Fernandes de Souza Universidade Federal do Tocantins UFT
  • Euber Joe Jurado Martinez
  • Débora Sousa Negreiros
  • Aline Rangel de Souza
  • Lúcia Caetano Pereira

DOI:

https://doi.org/10.20873/uft.2446-6492.2021v8n3p115

Resumo

Introdução: As malformações congênitas estão entre as principais causas de óbitos na primeira infância, sendo a mais frequentes e a de maior morbimortalidade, a cardiopatia congênita (CC), representando 40% das malformações. Possuem mau prognóstico e sua identificação precoce é essencial. As malformações cardíacas congênitas apresentam amplo espectro clínico, compreendendo desde defeitos que evoluem de forma assintomática até aqueles que determinam sintomas importantes e alta taxa de mortalidade. Objetivo: Este trabalho tem como objetivo traçar o perfil epidemiológico da mortalidade pediátrica por malformação congênita cardíaca na região norte do Brasil, no período de 2011 a 2018. Métodos: É um estudo transversal, descritivo, de cunho quantitativo, classificada como epidemiológica retrospectiva temporal, que utilizou o DATASUS por meio da ferramenta TABNET, no período de 2011 a 2018. As variáveis analisadas foram faixa etária em menores de 19 anos, sexo, cor e especificando as malformações cardíacas, comparando a taxa de mortalidade entre os estados da região norte do Brasil. Resultados: A região Norte apresentou um total de 3143 óbitos por malformações congênitas cardíacas de 2011 a 2018, tendo uma média anual de 392,875 óbitos. A taxa de mortalidade na região foi de 10,6/1000. Os maiores índices de mortalidade encontram-se na malformação congênita do septo cardíaco. Em relação aos estados da região Norte, o Pará apresentou a maior incidência de óbitos, seguido pelo Amazonas. Aproximadamente, 80% dos óbitos ocorreram em menores de 1 ano de idade. Além disso, evidenciou-se uma discreta prevalência no sexo masculino em todos os estados e em pacientes autodeclarados pardos. Conclusão: Os resultados encontrados nesse estudo sugerem a relevância da implementação de políticas públicas direcionadas à prevenção e ao diagnóstico precoce das malformações cardíacas congênitas, podendo minimizar as mortes evitáveis relacionadas a essa patologia.

Palavras-chave: Cardiopatias Congênitas; Epidemiologia; Pediatria.

Biografia do Autor

Euber Joe Jurado Martinez

Acadêmico (a) de Medicina, Universidade Federal do Tocantins, Palmas -TO, Brasil

Débora Sousa Negreiros

Acadêmico (a) de Medicina, Universidade Federal do Tocantins, Palmas -TO, Brasil

Aline Rangel de Souza

Acadêmico (a) de Medicina, Universidade Federal do Tocantins, Palmas -TO, Brasil

Lúcia Caetano Pereira

Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pediátrica (CIPE), Ex-Preceptora do programa de Residência Médica em Cirurgia Pediátrica da Fundação Benjamin Guimarães – BH/MG, Ex-Fellow da Fundação Puivert – Barcelona/Espanha, Ex-professora adjunta da Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro de Uberaba, Cirurgiã Pediátrica do Hospital Infantil Público de Palmas (HIPP) – Palmas/TO, Membro do coro Clínico da Gastroclínica de Palmas.

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Publicado

2021-11-05

Como Citar

Fernandes de Souza, I., Joe Jurado Martinez, E. ., Sousa Negreiros, D., Rangel de Souza, A., & Caetano Pereira, L. (2021). Epidemiologia da mortalidade pediátrica por malformações cardíacas congênitas na região norte do Brasil, no período de 2011 a 2018: Epidemiology of pediatric mortality of congenital cardiac malformations in the north region of Brazil between 2011 to 2018. Revista De Patologia Do Tocantins, 8(3), 115–119. https://doi.org/10.20873/uft.2446-6492.2021v8n3p115

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