FATORES ASSOCIADOS À CAPACITAÇÃO DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE EM HANSENÍASE EM PALMAS, TOCANTINS, BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.20873/10.20873/uft.2446-6492.2021v8n1p23Resumo
Objetivo: Descrever os fatores associados à capacitação de ACS para o acompanhamento de casos de hanseníase em Palmas, Tocantins, Brasil. Métodos: Trata-se de estudo transversal, realizado com a aplicação de questionário em uma população de 301 agentes comunitários de saúde (ACS). Resultados: Um total de 48,84% dos ACS não reconheceu a perda da sensibilidade como sinal e/ou sintoma da hanseníase. A perda de pelos nas sobrancelhas e cílios não foi considerada como sinal e/ou sintoma da hanseníase por 74,42% dos ACS e mais de 50% não souberam identificar o agente causador da doença. Os fatores associados à melhor capacitação dos ACS para acompanharem os casos de hanseníase foram: ACS com mais idade (RP:1,60; IC 1,25-2,05), mulheres (RP: 1,38; IC 1,09-1,75), sentimento de confiança para acompanhar os casos (RP: 1,76; IC 1,47-2,10), ACS com duas ou mais visitas domiciliares para casos de hanseníase (RP: 1, 34; IC 1,09-1,63), ASC que não segrega pacientes na restrição de objetos de uso pessoal (RP: 1,82; IC 1,37-2,42), ASC que teve alguém doente na família (RP: 1,05; IC 1,05-1,41). Na regressão logística, o único determinante isolado para capacitação do ACS sobre hanseníase foi não orientar a separação de objetos de uso pessoal no domicílio. Conclusão: Este estudo trouxe novas evidências e poderá subsidiar estratégias destinadas ao aperfeiçoamento das atividades de controle da hanseníase.
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