O “EXTREMO” PARA PENSAR A CULTURA DAS JUVENTUDES CONTEMPORÂNEAS

Autores

  • Marluce Evangelista Carvalho Zacariotti Universidade Federal do Tocantins

DOI:

https://doi.org/10.20873/uft.2447-4266.2019v5n5p168

Palavras-chave:

Juventudes, pós-modernidade, educação

Resumo

O eixo de atenção deste artigo é o conceito de eXtremo, de Massimo Canevacci, autor, cujas ideias inovadoras, e por que não dizer radicais, têm trazido boas contribuições para pesquisas sobre as juventudes, na interface comunicação/cultura/consumo na contemporaneidade. Trata-se também de uma perspectiva em plena discussão. Porque a temática juventude, destacada em inúmeras pesquisas, estudos, em incontáveis artigos, ensaios e livros que cada vez se proliferam mais, dada a sua crescente relevância, vem sendo abordada sob a perspectiva de vários campos do saber, gerando múltiplas possibilidades de percepção e teorização. Assim, estamos concordando com uma linha de pesquisadores, entre eles Canevacci, que caminham pelo terreno do múltiplo, do plural, envolvendo aspectos sócio-culturais-econômicos-geográficos que falam não de um jovem, mas de jovens; não de uma juventude, mas de juventudes. No limite deste trabalho, ficamos por aqui nesta justificativa para nos dedicar especificamente ao conceito de eXtremo e porque ele se mostra elemento-chave nas discussões que estamos proponho em nossas pesquisas em andamento sobre as juventudes, a cultura na pós-modernidade e os desafios à educação.

 

PALAVRAS-CHAVE: Juventudes; pós-modernidade; educação.

 

 

ABSTRACT

The focus of this article is the concept of extreme, from Massimo Canevacci, author, whose innovative ideas, and why not say radicals, have brought good contributions to research on youth, at the interface communication / culture / consumption in the contemporary world.It is also a perspective in full discussion. Because the thematic youth, highlighted in countless researches, studies, countless articles, essays and books that are increasingly proliferating, given their increasing relevance, has been approached from the perspective of several fields of knowledge, generating multiple possibilities of perception and theorizing. Thus, we are agreeing with a line of researchers, among them Canevacci, who walk through the terrain of multiple, plural, involving socio-cultural-economic-geographical aspects that speak not of a young person but of young people; not of a youth but of youth. At the limit of this work, we remain here in this justification to dedicate ourselves specifically to the concept of eXtreme and because it is a key element in the discussions that we are proposing in our ongoing research about youth, culture in postmodernity and the challenges to education.

 

KEYWORDS: Youth; postmodernity; education.

 

 

RESUMEN

El eje de atención de este artículo es el concepto de eXtremo, de Massimo Canevacci autor, cuyas ideas innovadoras, y por qué no decir radicales, han traído buenos aportes para investigaciones sobre las juventudes, en el interfaz comunicación/cultura/consumo en la contemporaneidad. Se trata también de una perspectiva en plena discusión. Porque la temática juventud, destacada en innúmeras pesquisas, estudios, en incontables artículos, ensayos y libros que cada vez se proliferan más, dada su creciente relevancia, viene siendo abordada bajo la perspectiva de varios campos del saber, generando múltiples posibilidades de percepción y teorización. Así, estamos concordando con una línea de investigadores, entre ellos Canevacci, que caminan por el terreno del múltiple, del plural, involucrando aspectos socioculturales-económicos-geográficos que hablan no de un joven, pero de jóvenes; no de una juventud, pero de juventudes. En el límite de este trabajo, quedamos por aquí en esta justificativa para nos dedicar específicamente al concepto de eXtremo y porque él se muestra elemento-clave en las discusiones que estamos proponiendo en nuestras investigaciones en andamiento sobre las juventudes, la cultura en la postmodernidad y los desafíos a la educación.

 

PALABRAS CLAVE: Juventudes; postmodernidad; educación.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marluce Evangelista Carvalho Zacariotti, Universidade Federal do Tocantins

Doutora em Educação (linha Educação, Sociedade e Cultura), Mestra em Ciências da Comunicação e Especialista em Gestão da Comunicação. Atualmente é professora do curso de Comunicação Social-Jornalismo da Universidade Federal do Tocantins. E-mail: marluce@uft.edu.br. 

Referências

ASSOUN, P.L. A escola de Frankfurt. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1989. Cortina, A., 1985.

BRASIL. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Vamos Contar. Pirâmide Etária. Disponível em <http://vamoscontar.ibge.gov.br/atividades/ensino-fundamental-6-ao-9/49-piramide-etaria>. Acesso em 10 de maio de 2013.

ABRAMO, Helena; BRANCO, Pedro Paulo Martoni (Orgs.) Retratos da juventude Brasileira. Análises de uma Pesquisa Nacional. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2005.

BARBOSA, Lívia (Org.). Juventudes e Gerações no Brasil Contemporâneo. Porto Alegre: Sulina, 2012.

BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Tradução: Plínio Dentzien. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2003.

_________________. Vida líquida. Tradução Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2007.

CANEVACCI, Massimo. Culturas eXtremas: mutações juvenis nos corpos das metrópoles.. Tradução de Olga Olmi. Rio de Janeiro: DP&A, 2005.

_____________________. Ubiquidade etnográfica.[on line]. Disponível em <http://tranzmidias.com.br/blog/blog/2013/01/28/cyber_universidade-tranzmidias-conexao-massimo-canevatti/>. Acesso em 20 de maio de 2013.

ENTREVISTA COM O PENSADOR MASSIMO CANEVACCI. Overblog/Overmundo. Disponível em . Acesso em 17 de maio de 2013.

GUIMARÃES, Maria Tereza Canezin; SOUSA, Sônia M. Gomes (Orgs.). Juventude e contemporaneidade: desafios e perspectivas. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos; Goiânia: Editora UFG: Cânone Editoria, 2009.

HARAWAY, Donna J. Manifesto ciborgue: ciência, tecnologia e feminismo-socialista no final do século XX. In: SILVA, Tomaz T. (Org.) Antropologia do ciborgue: as vertigens do pós-humano. Belo Horizonte, MG: Autêntica, 2000.

LEMOS, André. Cibercultura e mobilidade: a era da conexão. [online]. In: Razón y Palabra. Revista Eletrônica Nº 41, outubro-novembro, 2004. Disponível em . Acesso em maio de 2007.

LIPOVETSKY, Gilles; CHARLES, Sébastien. Os tempos hipermodernos. São Paulo: Barcarolla, 2004.

MAFFESOLI, M. O tempo das tribos: o declínio do individualismo nas sociedades de massa.4 ED. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2006.

MELUCCI, Alberto. Juventude, tempo e movimentos sociais. Revista Brasileira de Educação, n. 5 e 6, 1997.

MICHAELIS. Dicionário de português. [online]. Disponível em < http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=extravasar>. Acesso em 23 de maio de 2013.

NOVAES, Regina; VANNUCHI, Paulo (Orgs.). Juventude e sociedade. Trabalho, educação, cultura e participação. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2004.

SANTAELLA, Lucia. Linguagens líquidas na era da mobilidade. São Paulo, SP: Paulus, 2007.

ZACARIOTTI, M. E. C.; SOUSA, J. L. DOS S. Tecnologias digitais de informação e comunicação como recurso de mediação pedagógica. Revista Observatório, v. 5, n. 4, p. 613-633, 1 jul. 2019.

ZACARIOTTI, M.; PINHO, M. J. DE. Estágio supervisionado EAD: mesmas diretrizes, novas conexões. Revista Observatório, v. 5, n. 3, p. 118-144, 1 maio 2019.

Downloads

Publicado

2019-08-01

Como Citar

ZACARIOTTI, Marluce Evangelista Carvalho. O “EXTREMO” PARA PENSAR A CULTURA DAS JUVENTUDES CONTEMPORÂNEAS. Revista Observatório , [S. l.], v. 5, n. 5, p. 168–187, 2019. DOI: 10.20873/uft.2447-4266.2019v5n5p168. Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/observatorio/article/view/8218. Acesso em: 20 abr. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Temático / Thematic dossier / Dossier temático