TODO DIA A MESMA NOITE: O “texto testemunhal” sobre o incêndio na boate Kiss
DOI:
https://doi.org/10.20873/uft.2447-4266.2024v10n1a21ptPalavras-chave:
“Texto testemunhal”, Testemunho, Alteridade, Narrativas, Todo dia a mesma noiteResumo
Com o objetivo de responder algumas questões referentes ao testemunho midiático (que serão apresentadas ao longo do artigo), voltaremos nosso olhar para o livro Todo dia a mesma noite, da jornalista Daniela Arbex, que nos oferece um material empírico exemplar para examinar a tensão entre a ideia da “testemunha ocular” e os outros modos assumidos pelo testemunho no contemporâneo, quando testemunhar não é mais apenas ver e ouvir e passa a dizer também sobre o modo como somos interpelados por um “texto testemunhal” (Frosh & Pinchevski, 2009). Para isso, trabalharemos com dois operadores metodológicos – o testemunho e a alteridade –, a fim de identificar aquilo que, na reportagem, nos aproxima da experiência do outro, a partir das reflexões em torno do “texto testemunhal” e da alteridade nas narrativas da atualidade.
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