Vol. III nº 6, 2017 - "Processos formativos, comunicação e educação pós-Bolonha"

2016-06-11

[PT]

Chamada de trabalhos

A Revista Observatório está recebendo artigos e resenhas para a edição setembro-dezembro de 2017 (v.3, n.6) até 30 de agosto de 2017. Mais informações em Submissões.

 

Dossiê: Processos formativos, comunicação e educação pós-Bolonha

 

Editores Convidados:

Prof. Dr. Luis Carlos Martins de Almeida Mota, Instituto Politécnico de Coimbra, Portugal

Prof. Dr. Francisco Gilson Rebouças Porto Junior, Universidade Federal do Tocantins (UFT), Brasil

Profa. Dra. Maria Creusa Borges, Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Brasil

 

Pensar hoje a evolução da educação e da comunicação e das políticas, em geral, e o ensino superior, em particular, num quadro de globalizações exige um esforço de compreensão perante o imbrincado das transformações, nem sempre congruentes entre si. Contexto complexo em face das múltiplas perspetivas de análise, das variáveis que o condicionam e da produção científica que sobre ele se tem debruçado.

A globalização – em bom rigor, globalizações – ocorre em ritmo e intensidade diferenciada, em diferentes regiões do globo e nas diversas vertentes da vida social. Processos sociais complexos que geram tensões e conflitos. A perda de centralidade do Estado-nação compagina-se com a emergência de entidades económico-políticas regionais de natureza supranacional (por exemplo, MERCOSUL, NAFTA ou União Europeia). Entidades de iniciativa dos Estados com o objetivo de estes ampliarem a sua influência nas dinâmicas de globalização. Processos que têm conduzido à afirmação de organizações (nacionais ou transnacionais) onde as elites e os peritos dominam e o escrutínio democrático dos cidadãos está ausente – exemplo, a Organização Mundial do Comércio, bancos centrais, instituições reguladoras.

Busca-se, nesse quadro, problematizar uma agenda de debate voltada para a configuração de áreas-chave no campo da cooperação internacional em matéria de educação, tais como: acesso, qualidade e equidade. São constituídos acordos, estratégias e políticas, os quais traduzem uma agenda de cooperação, tendo a educação um papel fundamental nessa seara. Nesse campo, várias estratégias e iniciativas se destacam, tais como o estabelecimento da Rede Universitária do BRICS, o reconhecimento mútuo dos títulos e diplomas do ensino superior, entre outros. Essas estratégias, acordos e políticas se inserem no contexto de reforço da cooperação intra-blocos regionais, tendo como caso paradigmático o Processo de Bolonha europeu, cujo documento-símbolo, a Declaração de Bolonha (1999), volta-se à afirmação de uma área europeia de ensino superior e de investigação, cujos antecedentes de formação remontam ao final da década de oitenta e noventa do século XX, com a elaboração dos documentos Magna Charta Universitatum (1988) e a Declaração de Sorbonne (1998).

Neste contexto as políticas de educação e comunicação já não são assunto exclusivo do Estado-nação. A análise da relação entre os processos de globalização e os fenómenos educativos tem sido marcado, fundamentalmente, por duas perspectivas. Uma encara a expansão mundial dos sistemas educativos e comunicacionais como parte integrante de um processo longo e mais vasto de globalização cultural que inclui a disseminação do Estado-nação e valores como o progresso, a igualdade e os direitos humanos. A outra acentua que a relação entre globalização e a educação se processa com a mediação do Estado, dependendo do posicionamento deste no sistema mundial e do intrincado processo de relações sociopolítico-institucionais do contexto nacional. Uma terceira leitura, adotando um posicionamento de natureza histórico-social, destaca a importância dos modelos de reforma e de desenvolvimento serem sempre contextualizados no plano cultural, intelectual, político ou ideológico, nacionais.

Com iniciativas diferenciadas e diversificadas, estudos e publicações, estas organizações constituem hoje fóruns de conceção e globalização de uma agenda para a educação que fixa prioridades e formas de colocação dos problemas, configura o pensamento e ação política, nos planos continental e transcontinental, e define mecanismos de regulação dos sistemas de ensino, desempenhando um papel não despiciendo no plano das políticas educativas nacionais. Nesta perspetiva, adquire especial pertinência uma chamada para o dossiê “Processos formativos, comunicação e educação pós-Bolonha”,em que se pretende abordar:

- O Modelo Bolonha e as Políticas Regionais de Educação Superior;

- Regulação Transnacional das Políticas Educativas

- O ensino e a aprendizagem: a problemática das metodologias e do envolvimento d@s alun@s, a inovação pedagógica...;

- A relação das competências e a aproximação da oferta educativa ao mercado de trabalho e a função/utilidade da comunicação nesses processos;

- A questão da internacionalização de docentes, demais funcionários e discentes, com foco em áreas formativas (Ciências Sociais Aplicadas, Ciências Humanas, Ciências Exatas, etc) e possíveis relações educação-comunicação;

- A profissão docente (ensino superior);

- A lógica da massificação do ensino superior e as vertentes da equidade e da aprendizagem/formação ao longo da vida;

Esperam-se abordagens que privilegiem a lógica continental (lógica regional) ou nacional (cada país), com espaço também a leituras de educação comparada.

 

[EN]

Call for Papers

 

Revista Observatório is receiving papers and abstracts submissions for the September-December edition (#6) until august, 30th, 2017. More informations can be found on Submissions.

 

Dossiers: Formative processes, communication and after Bologna education.

 

Invited Publishers:

Prof. Luis Carlos Martins de Almeida Mota, PhD, Instituto Politécnico de Coimbra, Portugal

Prof. Francisco Gilson Rebouças Porto Junior, PhD, Universidade Federal do Tocantins (UFT), Brasil

Profa. Maria Creusa Borges, PhD, Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

 

Thinking of today’s evolution of education, communication and policies, in general, and superior education, in particular, in a globalized situation requires an effort of understanding before the transformations, not always congruent between themselves. In the face of complex context multiple perspectives of analysis, the variables that influence and the scientific production that about it has been addressing.

The globalization - in good severity, globalizations - occurs in rhythm and differentiated intensity, different regions of the globe and the diverse sources of the social life. Complex social processes that generate tensions and conflicts. The loss of balance of the State-nation with the emergency of entities regional economic-politics of supranational nature (for example, MERCOSUL, NAFTA or U.E.E.). Entities of initiative of the States with the objective of these to extend its influence in the globalization dynamic. Processes that have lead to the affirmation of organizations (national or transnational) where the elites and the connoisseurs dominate and the democratic scrutiny of the citizens is absent - example, the World trade organization, central bankings, regulating institutions.

The search, in this picture, is discuss an agenda of debate directed toward the configuration of key areas in the field of the international cooperation in education substance, such as: access, quality and equity. Agreements, strategies and politics are constituted, which translate a cooperation agenda, having the education a basic paper in this endeavor. In this field, some strategies and initiatives if detach, such as the establishment of the University Net of the BRICS, the mutual recognition of the headings and diplomas of superior education, among others. These strategies, agreements and politics if insert in the context of reinforcement of the cooperation regional intra-blocks, having as model case the European Process of Bologna, whose document-symbol, the Declaration of Bologna (1999), turns it the affirmation of a European area of superior education and inquiry, whose antecedents of formation retrace to the end of the decade of eighty and ninety of century XX, with the elaboration of the documents Magna Charta Universitatum (1988) and the Declaration of the Sorbonne (1998).

In this context the policies of education and communication are no longer unique subject of the nation-state. The analysis of the relation between the processes of globalization and the educational phenomena has been marked, fundamentally, by two perspectives. One sees the global expansion of educational systems and communicational as part of a long process and wider cultural globalization that includes the dissemination of the nation-state and values as the progress, equality and human rights. The other emphasizes that the relationship between globalization and education if processes with the mediation of the State, depending on the positioning of this in the world system and the intricate process of political-institutional relations of the national context. A third reading, adopting a positioning of historical-social nature, highlights the importance of the models of reform and development are always contextualized in cultural, intellectual, political or ideological, national.

With differentiated initiatives and diversified, studies and publications, these organizations today constitute forums and globalization of an agenda for education fixing priorities and forms of placing of problems, configures the political thought and action, in continental plans and transcontinental, and defines regulatory mechanisms of systems of higher education, playing a not insignificant role in the plan of national education policies. In this looming, acquires particular relevance a call to the dossier "Formative processes, communication and education post-Bologna", in which it intends to address:

 

  • The Bologna model and the regional policies of higher education;
  • Transnational adjustment of education policies
  • The teaching and learning: the problematic of the methodologies and the involvement of students, pedagogical innovation...;
  • The relationship of competences and the approximation of educational offer to the labor market and the function/usefulness of communication in these processes;
  • The question of internationalization of teachers, other employees and students, with focus in the areas of formation (Applied Social Sciences, Human Sciences, Exact Sciences, etc.) and possible relations education-communication;
  • The teaching profession (higher education);
  • The logic of the massification of higher education and the strands of equity and learning/training throughout life;
  • We expect approaches that prioritize the continental logic (regional) or national logic (each country), with space also the readings of education compared.

 

 

[ES]

Llamada de artículos

La Revista Observatório recibe artículos y reseñas para la edición de septiembre-octubre del 2017 (v.3, n.6) hasta el 30 de agosto del 2017. Más informaciones en Envíos.

 

Dosier: Procesos formativos, comunicación y educación post-Bolonia

 

Editores Invitados:

Prof. Dr. Luís Carlos Martins de Almeida Mota, Instituto Politécnico de Coimbra, Portugal

Prof. Dr. Francisco Gilson Rebouças Porto Junior, Universidad Federal do Tocantins (UFT), Brasil

Profa. Dra. Maria Creusa Borges, Universidad Federal da Paraíba (UFPB), Brasil

 

Pensar hoy la evolución de la educación, de la comunicación y de las políticas, en general, y la educación superior, en particular, en el marco de las globalizaciones exige un esfuerzo de comprensión frente al intrincado de las transformaciones, no siempre congruentes entre sí. Se trata de un contexto complejo delante de las múltiples perspectivas de análisis, de las variables que lo condicionan y de la producción científica que sobre él ha reflexionado.

La globalización – más bien, las globalizaciones – ocurre en un ritmo e intensidad diferenciados, en distintas regiones del globo y en las múltiples vertientes de la vida social. Procesos sociales complejos que generan tensiones y conflictos. La pérdida de la centralidad del Estado-Nación se compagina con la emergencia de entidades económico-políticas regionales de naturaleza supranacional (por ejemplo, MERCOSUL, NAFTA o Unión Europea). Entidades de iniciativa estadual con el objetivo de que los Estados amplíen su influencia en las dinámicas de la globalización. Procesos que han conllevado a la afirmación de las organizaciones (nacionales o transnacionales) en donde las élites y los peritos dominan y el escrutinio democrático de los ciudadanos está ausente – ejemplo, la Organización Mundial del Comercio, bancos centrales, instituciones reguladoras.

En este marco, se busca problematizar una agenda de debate volcada a la configuración de áreas llave en el campo de la cooperación internacional en materia de educación, como el acceso, la cualidad y la equidad. Se constituyen acuerdos, estrategias y políticas que traducen una agenda de cooperación en la cual la educación tiene un papel fundamental. En este ámbito, diferentes estrategias e iniciativas se destacan, como la creación de la Red Universitaria de los BRICS, el reconocimiento mutuo de las titulaciones y diplomas de la educación superior, entre otros. Tales estrategias, acuerdos y políticas se inscriben en un contexto de refuerzo de la cooperación intra-bloques regionales, teniendo como caso paradigmático el Proceso de Bolonia europeo (cuyos antecedentes se encuentran en la Magna Charta Universitatum (1988) y en la Declaración de la Sorbonne (1998)) basado en la Declaración de Bolonia que se centra en la creación de condiciones para la afirmación global de un espacio europeo de educación superior y de investigación de excelencia.

En este contexto, las políticas de educación y comunicación ya no son un tema exclusivo del Estado-Nación. El análisis de la relación entre los procesos de globalización y los fenómenos educativos ha sido marcado, fundamentalmente, por dos perspectivas. Una de ellas encara la expansión mundial de los sistemas educativos y comunicacionales como parte integrante de un largo y vasto proceso de globalización cultural que incluye la diseminación del Estado-Nación y de valores como progreso, igualdad y derechos humanos. La otra realza que la relación entre globalización y educación se procesa con la mediación del Estado, dependiendo del posicionamiento de éste en el sistema mundial y del intrincado proceso de relaciones sociopolíticas institucionales del contexto nacional. Una tercera lectura, adoptando un posicionamiento de naturaleza histórico-social, destaca la importancia de los modelos de reforma y de desarrollo siempre contextualizados en el plano cultural, intelectual, político o ideológico, nacionales.

Con iniciativas diferenciadas y diversificadas, estudios y publicaciones, estas organizaciones constituyen hoy fórums de concepción y globalización de una agenda para la educación que determina prioridades y formas de abordar los problemas, configura el pensamiento y la acción política, en los planos continental y transcontinental, y define mecanismos de regulación de los sistemas de enseñanza, desempeñando un papel insignificante en el plano de las políticas educativas nacionales. En esta perspectiva, adquiere especial pertinencia la llamada de artículos para el dosier “Procesos formativos, comunicación y educación post Bolonia” en el que se pretende abordar:

- El Modelo de Bolonia y las Políticas Regionales de Educación Superior;

- La Regulación Transnacional de las Políticas Educativas;

- La enseñanza y el aprendizaje: la problemática de las metodologías y de la participación del alumnado, la innovación pedagógica...;

- La relación de las habilidades y la aproximación de la oferta educativa al mercado de trabajo y la función/utilidad de la comunicación en eses procesos;

- La cuestión de la internacionalización de docentes, demás funcionarios y discentes, con enfoque en las áreas formativas (Ciencias Sociales Aplicadas, Ciencias Humanas, Ciencias Exactas, etc.) y posibles relaciones educación-comunicación;

- La profesión docente (en educación superior);

- La lógica de la masificación de la educación superior y las vertientes de la equidad y del/de la aprendizaje/formación a lo largo de la vida.

Se esperan abordajes que privilegien la lógica continental (lógica regional) o nacional (de cada país), existiendo también espacio para trabajos sobre educación comparada.