Resenha do filme "Dois dias, uma noite", de Luc Dardenne e Jean-Pierre Dardenne
Resumo
A presente resenha tem o intuito de ampliar as discussões e reflexões acerca da importância dos sindicatos enquanto espaços coletivos de luta, a partir da análise do filme Dois dias, uma noite, dirigido por Luc Dardenne e Jean-Pierre Dardenne, 2014. O longa-metragem traz questões contemporâneas e pertinentes ao mundo do trabalho que, em sua fase atual, tem favorecido o individualismo e a competitividade. Neste cenário, os espaços coletivos acabam sendo fragmentados e enfraquecidos, o que dificulta a luta por melhores condições de trabalho. É o que nos mostra a história da protagonista, que está prestes a perder o emprego após período de afastamento para tratamento de depressão. O modelo fabril capitalista é retratado no longa a partir da história da protagonista e evidencia a intenção da fábrica em manter a produção com redução dos custos, o que leva o empregador a colocar sob responsabilidade dos próprios trabalhadores a decisão por manterem a trabalhadora ou preservarem seu bônus. Na trama, identificamos questões atuais do mundo do trabalho, como o adoecimento, a necessidade financeira, o medo do desemprego e a fragmentação coletiva, mas, também, a empatia e a solidariedade entre trabalhadores, questões que buscamos discutir criticamente neste trabalho.
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