A RELAÇÃO GESTOR-SUBORDINADOS À LUZ DA PSICODINÂMICA DO TRABALHO
UMA ANÁLISE NO CONTEXTO DE ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS
DOI:
https://doi.org/10.20873/2526-1487e022009Palavras-chave:
Psicodinâmica do Trabalho, Nova Gestão Pública, VivênciasResumo
O objetivo dessa pesquisa é compreender a relação gestor-subordinado à luz da Psicodinâmica do Trabalho, em instituições públicas, em tempos de flexibilidade. A revisão de literatura abrange os precedentes e características gerais da Nova Gestão Pública. Metodologicamente, empreendeu-se uma pesquisa qualitativa. Para coleta de dados, utilizou-se entrevistas narrativas com gestores e subordinados, adotando-se a técnica de análise dos núcleos de sentido com o auxílio do software Atlas.ti para compreensão das narrativas. Após a transcrição e categorização das entrevistas emergiram três temas: relações de trabalho, prazer-sofrimento e reconhecimento. Da análise e discussão dos resultados foi possível identificar que os entrevistados apresentam uma postura defensiva quando suscitado temas associados a conflito e adoecimento, sugerindo a existência de uma estratégia defensiva coletiva de negação do sofrimento. Ademais, o reconhecimento é tratado como algo subentendido, de modo que os entrevistados demonstram dificuldades ao tratar do assunto.
Referências
Andion, C. (2012). Por uma nova interpretação das mudanças de paradigma na administração pública. Cadernos da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas, 10(1), 1-19. doi: 10.1590/S1679-39512012000100003
Bresser-Pereira, L. C. Do estado patrimonial ao gerencial. 2001. http://www.bresserpereira.org.br/papers/2000/00-73EstadoPatrimonial-Gerencial.pdf
Bresser-Pereira, L. C. (2008). O modelo estrutural de gerência pública. Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro, 2(42), 391-410. https://www.scielo.br/j/rap/a/yGxNGHd7GvFptzTPbD4fzDD/?lang=pt. doi: 10.1590/S0034-76122008000200009
Brunoro, C. M., Bolis, I., Sigahi, T. F., Kawasaki, B. C., & Sznelwar, L. I. (2020). Defining the meaning of “sustainable work” from activity-centered ergonomics and psychodynamics of Work's perspectives. Applied Ergonomics, 89, 103209. doi: 10.1016/j.apergo.2020.103209
Dashtipour, P., & Vidaillet, B. (2020). Introducing the French psychodynamics of work perspective to critical management education: why do the work task and the organization of work matter? Academy of Management Learning & Education, 19(2), 131-146. doi: 10.5465/amle.2018.0128
Dejours, C. (2018). A loucura do trabalho: estudo de psicopatologia do trabalho. 6.ed. São Paulo: Cortez-Oboré.
Dejours, C. Work and Self-Development: The Point of View of the Psychodynamics of Work. Critical Horizons, 15(2), 115-130. doi: 10.1179/1440991714Z.00000000027
Evaristo, J. L. S., Mota, M. O., & Batista-dos-Santos, A. C. (2020). Atualizações metodológicas para estudo do novo mundo do trabalho: revisiting da escala de indicadores de prazer e sofrimento no trabalho. Research, Society and Development, 9(8), e750986585. doi: 10.33448/rsd-v9i8.6585
Goldenberg, M. (1997). A arte de pesquisar: como fazer pesquisa qualitativa em ciências sociais. Record.
Jovchelovich, S., & Bauer, M. W. (2002). Entrevista Narrativa. In: M. W. Bauer, & G. Gaskell, Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. Petrópolis: Vozes, 90-113.
Mendes, A. M. (2007). Psicodinâmica do trabalho: teoria, método e pesquisas. São Paulo: Casa Psi Livraria, Editora e Gráfica Ltda.
Merlo, A. R. C., & Mendes, A. M. B. (2009). Perspectivas do uso da psicodinâmica do trabalho no Brasil: teoria, pesquisa e ação. Cadernos de Psicologia Social do Trabalho, 12(2) 141-156. a02v12n2.pdf (bvsalud.org)
Minayo, M.C.S. (2009). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis, RJ: Vozes. https://wp.ufpel.edu.br/franciscovargas/files/2012/11/pesquisa-social.pdf
Pelladeau, E., & Marchand, J. B. (2018). Repetition in the service of the erotisation of suffering. When addiction enters into the relationship to work: Theoretical considerations on a clinical case. The International Journal of Psychoanalysis, 99(3), 627-641. doi: 10.1080/00207578.2018.1452569
Pires, A. P. (2008). Amostragem e pesquisa qualitativa: Ensaio teórico e metodológico. In: J. Poupart, et al. A pesquisa qualitativa: enfoques epistemológicos e metodológicos. Rio de Janeiro: Vozes.
Pujara, V., & Joshi, B. P. (2020). Behavioral finance–a qualitative content analysis using Atlas.ti. International Journal of Management (IJM), 11(11). https://iaeme.com/MasterAdmin/Journal_uploads/IJM/VOLUME_11_ISSUE_11/IJM_11_11_099.pdf. doi: 10.34218/IJM.11.11.2020.099
Schebesta, H. (2018). Content Analysis Software in Legal Research: A Proof of Concept Using ATLAS. ti. Tilburg Law Review, 23(1-2). https://tilburglawreview.com/article/10.5334/tilr.1/. doi: 10.5334/tilr.1
Silva, J. B. D., Vasconcellos, P. A., & Figueiredo, V. C. N. (2020). Work and suffering: mental health challenges of social workers. Psicologia em Estudo, 23, e2307. https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/PsicolEstud/article/view/39108/pdf. doi: 10.4025/psicolestud.v23i0.39108
Sousa, J. C., & Batista-dos-Santos, A. C. (2017). A psicodinâmica do trabalho nas fases do capitalismo: análise comparativa do taylorismo-fordismo e do toyotismo nos contextos do capitalismo burocrático e do capitalismo flexível. Revista Ciências Administrativas, 23(1), 186-216. https://periodicos.unifor.br/rca/article/view/5260/pdf. doi: 10.5020/2318-0722.23.1.186-216
Vinuto, J. (2014). (2014). A amostragem em bola de neve na pesquisa qualitativa: um debate em aberto. Temáticas, 22(44), 203-220. https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/tematicas/article/view/10977/6250. doi: 10.20396/tematicas.v22i44.10977
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Jorge Luiz de Souza Evaristo, Ana Cristina Batista, Andressa Aguiar Araújo, Ana Raquel Silva Rocha
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os direitos autorais dos artigos publicados pela Revista Trabalho EnCena permanecem propriedade dos autores, que cedem o direito de primeira publicação à revista. Os autores devem reconhecer a revista em publicações posteriores do manuscrito. O conteúdo da Revista Trabalho EnCena está sob a Licença Creative Commons de publicação em Acesso Aberto. É de responsabilidade dos autores não ter a duplicação de publicação ou tradução de artigo já publicado em outro periódico ou como capítulo de livro. A Revista Trabalho EnCena não aceita submissões que estejam tramitando em outra Revista. A Revista Trabalho EnCena exige contribuições significativas na concepção e/ou desenvolvimento da pesquisa e/ou redação do manuscrito e obrigatoriamente na revisão e aprovação da versão final. Independente da contribuição, todos os autores são igualmente responsáveis pelo artigo.
