USO DE FIBRAS AMAZÔNICAS COMO FONTE DE EXTRAÇÃO DE NANOCELULOSE
DOI:
https://doi.org/10.20873/2025_jul_18897Resumo
A nanocelulose é um material renovável e biodegradável obtido de fontes naturais, como fibras lignocelulósicas, que pode ser aplicado no desenvolvimento de novos materiais. Nesse contexto, entende-se que a região amazônica possui inúmeras espécies vegetais que poderiam ser utilizadas como fonte para extração de nanocelulose. Dentre essas espécies, destacam-se as fibras de juta (Corchorus capsularis L.) e malva (Urena lobata L.). Assim, o presente trabalho tem como objetivo extrair e caracterizar a nanocelulose dessas duas fibras mistas. O isolamento da nanocelulose foi realizado por via química, através de hidrólise ácida com ácido sulfúrico. As caracterizações foram realizadas na nanocelulose extraída, sendo estes Espectroscopia no Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR), Análise Termogravimétrica (TGA), Difração de Raios-X (DRX) e Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV). A ausência de grupos funcionais relacionados à hemicelulose e à lignina no espectro de FTIR das fibras branqueadas e da nanocelulose, bem como a ausência de eventos relacionados à sua degradação nas curvas TGA da nanocelulose, sugere que os procedimentos químicos foram eficazes na remoção desses componentes não-celulósicos. Os espectros do difratograma de Raios-X confirmam a presença de celulose I. A nanocelulose apresenta Índice de Cristalinidade (Ic) de aproximadamente 67,03%, sendo este similar aos valores relatados na literatura científica para outras fibras lignocelulósicas. É importante notar que os parâmetros do método de extração podem afetar substancialmente as condições e propriedades do material obtido. As micrografias da nanocelulose liofilizada mostram uma estrutura é similar à morfologia de criogéis.
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Copyright (c) 2025 Claudia Muniz, Gabrielle Machado, Gabriel Melo, Hannah Litaiff, Sergio Duvoisin, Virginia Giacon
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