PREJUÍZOS GERADOS PELO MODELO DE AVALIAÇÃO DA CAPES NA ÁREA DA BIODIVERSIDADE

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DOI:

https://doi.org/10.20873/2024_dez_18893

Resumo

Existe amplo descontentamento entre docentes e discentes de Programas de Pós-Graduação na Área da Biodiversidade com o processo avaliativo da Capes. O clamor por mudanças, entretanto, vem se perdendo em reuniões, corredores e grupos de conversa. Para formalizar uma crítica, escrevi este ensaio com o objetivo de analisar as contradições, distorções e mazelas geradas pelo processo avaliativo na Área da Biodiversidade, marcado pela cultura produtivista e pela aplicação de metodologias de alta complexidade e burocracia. Para tal, investigo uma série de aspectos que desqualificam o atual modelo de avaliação, com destaque para a formação discente, que perdeu sua relevância no processo; o amplo descolamento das demandas nacionais e regionais; a indução de assimetrias entre programas; o desprezo pela atuação docente; o emprego de metodologias complexas, desnecessárias e deficientes; a indução de graves distorções na pesquisa científica nacional; o estímulo a más práticas; a atribuição de conceitos artificiais de excelência; e a ampla degradação da saúde mental da comunidade acadêmica. Existem muitas razões para se preocupar com estes prejuízos, pois o modelo vigente deixou de cumprir com os fins de avaliação, enquanto tem contribuído para criar um ambiente acadêmico tóxico, gerando distorções, injustiças e malefícios. Romper com este processo exigirá coragem e mobilização dos programas, pois envolve burocracia estatal, controle, status quo e elitismo. A mudança, entretanto, é necessária, no sentido de tornar o processo avaliativo mais simples, compreensível e significativo, com potencial real de contribuir para o crescimento, universalização e democratização da Pós-Graduação em Biodiversidade no Brasil.

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Publicado

2024-12-16

Como Citar

Pelicice, F. M. (2024). PREJUÍZOS GERADOS PELO MODELO DE AVALIAÇÃO DA CAPES NA ÁREA DA BIODIVERSIDADE. DESAFIOS - Revista Interdisciplinar Da Universidade Federal Do Tocantins, 11(6), 1–21. https://doi.org/10.20873/2024_dez_18893

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Seção

Artigos