AGÊNCIA E SUJEIÇÃO: NOTAS SOBRE A RELAÇÃO ENTRE AUTORIDADES COLONIAIS E GUERREIROS BORORO, NA GUERRA-JUSTA CONTRA OS KAYAPÓ (1735-1832)
DOI:
https://doi.org/10.20873/uft.2763-9533/2021.2.7Palabras clave:
Agência. Boe. Decolonialidade.Resumen
Resumo
Desenvolvemos no presente artigo algumas ponderações baseadas em pesquisas históricas sobre as relações entre guerreiros do povo Boe (Bororo) e os agentes coloniais durante a Guerra Justa (Bellum Iustum ou Jus ad Bellum) contra o povo Kayapó, ocorrida em meados do século XVIII na capitania de Goiás. A associação entre ambos, uma espécie de “amizade” hierárquica, foi resultado da conquista pelas armas, comandada pelo sertanista Antônio Pires de Campos décadas antes, na região de Vila Real do Senhor Bom Jesus de Cuiabá. O objetivo do artigo é interpretar os fatos históricos à luz da decolonialidade, conceito cunhado pelo grupo Modernidade/Colonialidade, formado por intelectuais latinos que realizaram um movimento político/epistemológico essencial para a atualização crítica e utópica das ciências sociais na América Latina no século XXI.