SOBRE O MANTO TUPINAMBÁ EM MAIRI
IRRUPÇÕES DE MEMÓRIAS E PLURALIZAÇÃO DO CONTEMPORÂNEO
DOI:
https://doi.org/10.20873/actasemiticaetlingvistica.v31i2.20400Palavras-chave:
Dispositivo Colonial, EtniCidades, Mairi, Manto TupinambáResumo
Neste artigo, vamos analisar o processo de apagamento da memória Tupinambá e de sua irrupção, no contemporâneo, na cidade de Belém, capital do estado do Pará. Tomamos como corpus de análise a construção histórica de sentidos do enunciado Mairi, terra de Maíra - denominação dos Tupinambá para a região que compreende o litoral da Amazônia, hoje localizado nos estados do Maranhão, Pará e Amapá. Em doze dicionários pesquisados, encontramos tanto traduções fundamentadas nos saberes Tupinambá como no discurso dos colonizadores, que forjam um sentido para Mairi, definindo-a como terra dos franceses. Em contraponto a este silenciamento, tomamos como materialidades os murais “Território Mairi” e “Manto Tupinambá”, feitos em 2023 e 2024 pelo artista visual And Santtos na Universidade Federal do Pará, visibilizam como a ancestralidade indígena resiste nesta região. Tomamos como referência teórica a definição de Dispositivo de Michel Foucault (2000), de Dispositivo Colonial (NEVES, 2009), que nos ajudam a compreender os processos de apagamentos dos saberes indígenas e de EtniCidades (NEVES, 2015), que investiga a pluralidade étnica das cidades pan-amazônicas.
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