HANSENÍASE NA REGIÃO NORTE DO BRASIL: PERFIL CLÍNICO EPIDEMIOLÓGICO ENTRE 2015 E 2017

Autores

  • Rita Ramalho Unirg
  • Juliane Laura Tonzar Sanches
  • Barbara Barros Andrade
  • Vitória Gewehr Fucuta
  • Bárbara Alves de Brito
  • Leticia Roxadelli Inacio
  • Rafaela de Sá Gondolo
  • Leticia Roxadelli Inácio

DOI:

https://doi.org/10.20873/uft.2446-6492.2020v7n3p47

Resumo

Objetivo: analisar o perfil epidemiológico clínico da hanseníase na região norte do Brasil entre os anos de 2015 a 2017. Método: Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo, transversal e retrospectivo, onde buscou-se por meio de dados disponíveis no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS/TABNET), aqueles referentes ao número de nervos afetados no diagnóstico, grau de progressão da doença, forma clínica e número de lesões cutâneas da hanseníase na região Norte do Brasil, no período de 2015 a 2017. Resultados: O perfil epidemiológico clínico da hanseníase na região Norte do Brasil, entre os anos de 2015 a 2017, foi estruturado a partir dos 3.340 casos notificados ao Sistema Nacional de Agravos de Notificação, onde pode-se observar que o ano de 2016 foi o que ocorreu maior número de notificações, sendo a forma dimorfa a mais relatada em todos os anos. Na maior parcela das notificações, foi determinado que não havia nenhum nervo acometido, com um grau zero de progressão e com duas a cinco lesões cutâneas. Conclusão: O diagnóstico na fase dimorfa da hanseníase revela que há negligência nas estratégias de rastreio da doença na região, haja vista que, esta forma clínica corresponde a estágios mais avançados da doença, com maior potencial gerador de incapacidades. O fato de haver um paradoxo entre a forma clínica mais prevalente, dimorfa, e o número de nervos afetados, zero, permite inferir que seja um reflexo da notificação com dados insuficientes da doença, ou mesmo subnotificações. Este fato merece atenção na saúde pública, uma vez que inviabiliza o conhecimento da real situação da doença na região, dificultando a estruturação de políticas públicas que atendam as demandas por promoção e prevenção em saúde, principalmente em relação aos contatos dos portadores, representando o surgimento de novos casos e prorrogação do ciclo de transmissão.

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Publicado

2020-10-18

Como Citar

Ramalho, R., Tonzar Sanches, J. L., Barros Andrade, B., Gewehr Fucuta, V., Alves de Brito, B. ., Roxadelli Inacio, L., … Roxadelli Inácio, L. (2020). HANSENÍASE NA REGIÃO NORTE DO BRASIL: PERFIL CLÍNICO EPIDEMIOLÓGICO ENTRE 2015 E 2017. Revista De Patologia Do Tocantins, 7(3), 47–51. https://doi.org/10.20873/uft.2446-6492.2020v7n3p47