Aspectos epidemiológicos de mortes por suicídio no estado do Tocantins

Autores

  • Lucas Pereira Lima UFT, acadêmico
  • Tatiane Pires de Oliveira UFT, acadêmica
  • Renata dos Santos Oliveira UFT, acadêmica
  • Iula Melania Maciel Rossoni FESP, residente em MFC

Resumo

Introdução: O suicídio figura entre as três principais causas de morte daqueles com faixa etária entre 15 a 44 anos de idade. Em Palmas, capital do estado do Tocantins, no primeiro semestre de 2007 as causas externas foram responsáveis pelo maior número de óbitos na cidade. E, dentre essas causas, o suicídio ocupou o segundo lugar, sendo superado unicamente pelos acidentes de trânsito. Método: Trata-se de um estudo epidemiológico transversal, quantitativo e descritivo dos óbitos por suicídio no estado do Tocantins entre os anos de 2010-2017, considerando a distribuição de tais mortes segundo sexo, raça, escolaridade, faixa etária, estado civil e método usado. Resultados: Entre os anos de 2010 a 2017 foram notificados 767 mortes por suicídio no estado do Tocantins, correspondendo a 7,1% das mortes por causas externas no mesmo período nesse estado. A distribuição de óbitos segundo a faixa etária concentrou-se na população de adultos jovens, a qual representou 47,2% dos óbitos. Entres os métodos utilizados pelos indivíduos houve predominância entre métodos asfixiantes (60,1%), arma de fogo (7,82%) e uso de pesticidas (7,56%). Discussão: A análise realizada encontrou predomínio dos óbitos por suicídio no sexo masculino. Segundo a literatura, os homens tendem a escolher métodos mais letais como enforcamento e envenenamento, os quais apresentam maior efetividade. Em relação aos métodos utilizados para a prática de tal intento nota-se predominância entre os asfixiantes, arma de fogo e uso de pesticidas. A distribuição entre os três métodos utilizados vai ao encontro de outros estudos realizados em localidades com predomínio da agricultura como fonte de renda, uma vez que tais localidades  dispõe de acesso facilitado a meios  para o suicídio como cordas para o enforcamento,  armas de fogo e pesticidas. Conclusão: Estudos epidemiológicos como este são válidos na orientação do desenvolvimento de estratégias de prevenção ao suicídio.

Biografia do Autor

Iula Melania Maciel Rossoni, FESP, residente em MFC

Graduada em Medicina pela UCB (Universidade Católica de Brasília)

Residente em Medicina de Família e Comunidade pela Fundação Escola de Saúde Pública

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Publicado

2020-01-28

Como Citar

Lima, L. P., Oliveira, T. P. de, Oliveira, R. dos S., & Rossoni, I. M. M. (2020). Aspectos epidemiológicos de mortes por suicídio no estado do Tocantins. Revista De Patologia Do Tocantins, 6(3). Recuperado de https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/patologia/article/view/7475

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