LEISHMANIOSE VISCERAL NO BRASIL DE 2019 A 2023: ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA E PERSPECTIVAS SOBRE INOVAÇÕES TERAPÊUTICAS
DOI:
https://doi.org/10.20873/RPTfluxocontinuo20844edespecialResumo
Introdução: A leishmaniose visceral (LV) é a forma mais grave das leishmanioses e representa um grave problema de saúde pública no Brasil, especialmente em regiões vulneráveis, devido à sua elevada letalidade na ausência de tratamento. Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo e quantitativo, com análise de dados secundários obtidos do SINAN por meio da plataforma DATASUS/TABNET, abrangendo o período de 2019 a 2023. Em um segundo momento, realizou-se uma revisão narrativa da literatura científica e técnica sobre inovações terapêuticas aplicadas ao tratamento da LV no Brasil e em contextos epidemiológicos semelhantes. Resultados: Foram notificados 10.668 casos de leishmaniose visceral no país, com redução de 39,1% no período analisado. A maioria dos casos concentrou-se na Região Nordeste (55,5%), afetando principalmente indivíduos do sexo masculino (68,37%) e com idade entre 20 e 59 anos. A coinfecção Leishmania-HIV apresentou crescimento progressivo, atingindo 25,35% dos casos em 2023. Quanto ao tratamento, destacaram-se as inovações terapêuticas, com ênfase na anfotericina B lipossomal, que demonstrou maior eficácia e menor toxicidade em comparação aos antimoniais, especialmente em pacientes imunossuprimidos, idosos e gestantes. Alternativas como a miltefosina de uso oral e terapias combinadas também se mostraram promissoras em contextos com barreiras logísticas. Conclusão: Apesar da redução no número de casos e dos avanços em inovações terapêuticas, a leishmaniose visceral permanece como um desafio epidemiológico no Brasil, exigindo estratégias integradas de saúde pública para seu controle e tratamento eficaz.
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