AVALIAÇÃO DO GRAU DE MUCOSITE ORAL EM PACIENTES COM CÂNCER SUBMETIDOS A FOTOBIOMODULAÇÃO

Resumo

Introdução: A quimioterapia e radioterapia são tratamentos utilizados para o câncer de cabeça e pescoço, porém também proporcionam toxicidades em região de pele e mucosa. Em mucosa oral, a toxicidade aguda mais comum é a mucosite e o seu manejo pode ser por meio de medicamentos, instrução de higienização oral e fotobiomodulação que promove analgesia, modulação inflamatória e aceleração cicatricial. Diante disso, o objetivo desse trabalho é avaliar o grau de mucosite oral inicial e final em pacientes submetidos à radioterapia e/ou quimioterapia na região de cabeça e pescoço após fotobiomodulação. Metodologia: Coleta de dados demográficos, total de sessões de fotobiomodulação e graus de mucosite oral em remissão parcial ou total ao final das sessões extraídos dos prontuários clínicos. Resultados: A maioria era do sexo masculino (86,7%), com média de idade de 60,4 anos e negros (30,7%). O tipo de câncer mais prevalente foi o carcinoma de células escamosas (61 – 58,6%), sendo a orofaringe o sítio mais acometido (26 - 25,3%). O tratamento mais utilizado foi a radioterapia (81 – 77,9%). Mucosite grau III foi observada em 17 (45,8%), seguida de 13 (16,7%) grau II, 6 (20,8%) grau I e 4 com grau 0 (4-16,7%). Ao final das sessões de fotobiomodulação, foi observada regressão parcial do quadro em 30 (66,2%). Apenas 9 (20,0%) dos casos apresentaram regressão total e 4 (8,9%) completaram o acompanhamento preventivo sem o surgimento de mucosite oral, e 2 pacientes foram a óbito (4,4%). Conclusão: A fotobiomodulação é uma ferramenta útil no tratamento preventivo e terapêutico da Mucosite Oral.

PALAVRAS-CHAVE: Fotobiomodulação; Mucosite oral; Radioterapia; Quimioterapia.