ENDOCARDITE INFECCIOSA: UM PANORAMA DE MORTALIDADE NO BRASIL NOS ÚLTIMOS 5 ANOS
DOI:
https://doi.org/10.20873/RPTfluxocontinuo20506edespecialResumo
Introdução: A endocardite infecciosa (EI) é uma doença cardiovascular com alta taxa de mortalidade, caracterizada pela infecção microbiana do tecido endotelial, como fungos e bactérias. Apesar dos avanços da medicina nos últimos anos, as taxas de mortalidade se mantiveram altas, expressando uma necessidade de uma análise epidemiológica para o entendimento desse fenômeno e elaboração de medidas de saúde efetivas. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional transversal por meio de análise quantitativa, verificando os indicadores de mortalidade da EI, durante o último quinquênio. A pesquisa foi realizada a partir de dados secundários obtidos da plataforma do Departamento de Análise Epidemiológica e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis. Para o embasamento bibliográfico foram utilizados artigos provenientes das plataformas PubMed e BVS. A análise descritiva foi realizada através de distribuição de frequência para variáveis categóricas, e para a análise inferencial, foi aplicado o teste de p Shapiro-Wilk com nível de significância de 5% para o p-valor. Resultados: Nos últimos 5 anos, foram registrados 3924 óbitos por endocardite infecciosa. Entre eles, 49,15% (1929 notificações) são provenientes da região Sudeste, 20,76% pelo Nordeste e 19,77% pelo Sul. Do total, 63,58% são de indivíduos do sexo masculino. Verificou-se, também, maior número de óbitos na população senil, sendo 61,4% dos casos oriundos da parcela acima dos 60 anos, sendo a faixa etária entre 60 e 69 anos, correspondendo a 25% dos casos totais. Sobre a etnia, a população branca representou 58,5% dos casos, seguida pela parda com 30,1%. Em relação ao ano, houve um crescimento das notificações a partir de 2020, com 2023 somando a maior quantidade de óbitos registrados. Conclusão: O número de óbitos por endocardite infecciosa é maior na população idosa, na raça branca e parda, na região Sudeste e Nordeste e acomete mais homens do que mulheres.
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