PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE NO ESTADO DO TOCANTINS NO PERÍODO DE 2018 A 2021

Autores

  • Kaio Alexandre da Silva Carvalho UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS - UFT https://orcid.org/0000-0002-8146-6042
  • Natalia Quaresma de Souza UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS - UFT
  • João Pedro Rodrigues Faria Bastos UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS - UFT
  • Fernando de Almeida Machado UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS - UFT

DOI:

https://doi.org/10.20873/10.20873/uft.2446-6492.2024v11n1p307

Resumo

INTRODUÇÃO: Apesar dos avanços referentes à hanseníase conquistados ao longo de décadas, a partir de 2020 o Brasil sofreu os impactos da pandemia da COVID-19, de modo que a rotina dos indivíduos e a gestão do sistema de saúde foram alteradas. OBJETIVO: Nesse contexto, objetivando ampliar a compreensão da distribuição da doença de Hansen nos anos adjacentes ao período pandêmico, o presente estudo descreve o perfil epidemiológico da hanseníase no Tocantins de 2018 a 2021. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo epidemiológico retrospectivo e descritivo, com abordagem quantitativa. Os dados foram obtidos por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Foram pesquisados os parâmetros: sexo, faixa etária, cor/raça, microrregião de residência segundo IBGE, modo de entrada, classificação operacional diagnosticada, forma clínica notificada, avaliação da capacidade física notificada, contatos registrados e contatos examinados. RESULTADOS: Observou-se queda da taxa de detecção anual de casos de hanseníase, mas o Tocantins ainda foi classificado como hiperendêmico. De 2018 a 2021, foram notificados 6.401 casos de hanseníase, sendo a microrregião de Porto Nacional responsável por 3.139 (49,04%). Foram acometidos principalmente indivíduos homens, pardos e com idade entre 30 e 59 anos. Houve predomínio de diagnósticos da classe operacional multibacilar (90,17%) e da forma clínica dimorfa (72,38%). Em 2020 e 2021, anos iniciais da pandemia, a proporção entre contatos examinados e rastreados diminuiu, enquanto a porcentagem de diagnósticos tardios, em fase avançada da doença, aumentou. CONCLUSÃO: Tendo em vista a importância dessa descrição, o presente estudo poderá contribuir para a elaboração de ações mais efetivas para o controle da hanseníase no Tocantins. Palavras-chave: : Hanseníase; Epidemiologia; Saúde Pública.

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Publicado

2024-02-28

Como Citar

da Silva Carvalho, K. A., Quaresma de Souza, N., Rodrigues Faria Bastos, J. P., & de Almeida Machado, F. (2024). PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE NO ESTADO DO TOCANTINS NO PERÍODO DE 2018 A 2021. Revista De Patologia Do Tocantins, 11(1), 307–313. https://doi.org/10.20873/10.20873/uft.2446-6492.2024v11n1p307