Elos entre o uso de antidepressivos e o desenvolvimento de resistência bacteriana
DOI:
https://doi.org/10.20873/RPTfluxocontinuo18433Resumo
Objetivo: Descrever as evidências científicas acerca da relação entre o uso de antidepressivos e a ocorrência de resistência bacteriana aos antimicrobianos, bem como os prejuízos associados. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa, realizada com buscas nas plataformas Web of Science (WOS) Clarivate Analytics e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando o fluxograma do PRISMA. Foram incluídos artigos publicados no período de 2014-2023. Resultados: Os antidepressivos notadamente relacionados foram os inibidores da recaptação de serotonina. Notou-se que, quando as bactérias são expostas à fluoxetina, ocorre um aumento da resistência aos antibióticos tetraciclina e betalactâmicos. Além disso, a bactéria mais associada à problemática foi a Escherichia coli, representando 75% dos casos relatados. Já o mecanismo mais frequente foi a superprodução de espécies reativas de oxigênio, que resultam em mutações nos genes reguladores de transcrição, com superexpressão de bombas de efluxo. Conclusão: Essas descobertas indicam a importância de levar em consideração o potencial efeito das prescrições de antidepressivos na propagação da resistência aos antibióticos, principalmente em cepas prioritárias. Dessa forma, é essencial exercer cautela no processo de prescrição de antidepressivos. Além disso, é imprescindível a realização de campanhas para conscientização voltadas à redução da prescrição indiscriminada de antidepressivos, a fim de mitigar os prejuízos à saúde, sociais e econômicos.
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