DISTRIBUIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS INCIDENTES DE HANSENÍASE EM UM ESTADO DO NORDESTE BRASILEIRO
DOI:
https://doi.org/10.20873/RPTfluxocontinuo17648Resumo
Objetivo: analisar o perfil epidemiológico dos casos novos de hanseníase no Estado de Pernambuco, entre os anos de 2012 e 2022. Método: pesquisa ecológica, transversal de natureza descritiva e retrospectiva, com abordagem quantitativa, realizado através de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Foram analisadas as variáveis: sexo, escolaridade, raça, faixa etária, classe operacional, forma clínica, avaliação da incapacidade, baciloscopia e esquema terapêutico adotado. Foi realizada a análise descritiva através de medidas absolutas e relativas, além do levantamento de indicadores preconizados pela OMS. Resultados: foram diagnosticados 24.470 novos casos de hanseníase em Pernambuco, a análise espacial mostrou uma grande concentração na região metropolitana. As variáveis sociodemográficas mostraram maior predominância do sexo feminino (50,21%), raça parda (58,33%), maiores de 15 anos (91,59%), com baixa escolaridade. As variáveis clínicas mostram uma maior prevalência de casos multibacilar (62,89%), de forma clínica dimorfa (36,33%), apresentando grau zero de incapacidade (62,54%), onde 49,50% não realizam a baciloscopia, e 61,56% foram encaminhados para 12 doses da poliquimioterapia. Conclusão: É possível observar que a hanseníase ainda atrelada aos determinantes sociais e de saúde, o seu diagnóstico está sendo realizado de modo tardio, contribuindo para o ocultamento da real prevalência.
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