PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTOXICAÇÕES MEDICAMENTOSAS NOTIFICADAS AO SUS, NO ESTADO DO TOCANTINS, REFERENTES AO BIÊNIO 2021-2022.
EPIDEMIOLOGICAL PROFILE OF DRUG POISONINGS REPORTED TO THE SUS, IN THE STATE OF TOCANTINS, FOR THE 2021-2022 BIENNIUM.
DOI:
https://doi.org/10.20873/RPTfluxocontinuo17584Resumo
INTRODUÇÃO: Define-se intoxicação medicamentosa como uma síndrome tóxica provocada por dose de medicamento acima da terapêutica, seja por meio da injeção, inalação, ingestão ou contato com a pele e mucosas. É um efeito medicamentoso dose-dependente, que varia conforme a predisposição individual do usuário e com as várias interações enzimáticas de indução ou inibição metabólica da droga. Os envenenamentos não intencionais resultam, principalmente, da inadequação do uso, automedicação, rotulagem incorreta do fármaco, desatenção à bula e erros de posologia por profissionais. Já os intencionais têm como causa primordial o suicídio. METODOLOGIA: Estudo documental retrospectivo, com abordagens quantitativas e descritivas, realizado por meio da análise secundária do banco de dados do DATASUS e do SINITOX, sendo a população delimitada pelas intoxicações medicamentosas no biênio 2021-2022, no Estado do Tocantins, notificadas ao Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas – SINITOX. RESULTADOS: Durante esse período, 3601 casos de intoxicação exógena foram registrados, sendo mais prevalente a medicamentosa, responsável por, aproximadamente, 46,1%. Destes registros, 2250 ocorreram no sexo feminino, correspondendo a 62,5%. CONCLUSÃO: Dos 1662 casos totais de intoxicação medicamentosa, 760 ocorreram com a combinação das variáveis: sexo feminino, faixas etárias de 15 a 19 e 20 a 39 anos, e motivadas por tentativa de suicídio. Vale ressaltar a dificuldade em notificar e intervir nas intoxicações, devido uma facilidade de acesso aos fármacos e falha perante as políticas de vigilância sanitária e ao uso racional de medicamentos.
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