ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE LEISHMANIOSE VISCERAL NO ESTADO DE MINAS GERAIS, BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.20873/10.20873/uft.2446-6492.2022v9n2p46Resumo
Objetivo: O objetivo deste trabalho é descrever o perfil clínico e epidemiológico das notificações de casos Leishmaniose Visceral do estado de Minas Gerais, entre os anos de 2007 e 2018. Método: Esse é um estudo descritivo, quantitativo, baseado em dados secundários provenientes do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) relativos a casos de Leishmaniose Visceral registrados no estado de Minas Gerais no período de janeiro de 2007 a dezembro de 2018. Foram realizadas análises estatísticas de incidência e letalidade, além de analises descritivas, utilizando medidas de dispersão, tendência central e medidas de frequência, bem como testes de Qui-quadrado, considerando um intervalo de confiança de 95%. Resultados: A taxa de mortalidade observada no estudo foi de 22,55%, notando-se prevalência nos ambientes urbanos tanto para notificações como para óbitos. Constatou-se um predomínio de casos em homens, 61,07% (±0,39), com potencial relação com atividade laboral em 2,25% dos casos. A idade média observada nos registros foi de 33,03 (±2,37) anos. 69,61% (±1,30) dos casos registrados eram referentes a indivíduos com até o ensino fundamental completo e observou-se significativa redução nos índices de incidência da doença com o aumento do grau de escolaridade. Os sintomas mais frequentemente relatados foram febre, fraqueza, emagrecimento, e palidez, em ordem decrescente. Conclusões: Apesar de discreto, um aumento na incidência dos casos de Leishmaniose Visceral foi constatado no período amostral analisado. Destaca-se a relação do processo de urbanização com o aumento do número de casos fora do nicho típico do vetor, que parece induzir também o aumento de casos de coinfecção com o HIV.
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