ÍNDICE DE COMPLEXIDADE DA FARMACOTERAPIA NA ANEMIA FALCIFORME

Autores

  • Dayse Cristinna Pinto Souza
  • Maria Gabriela da Costa Lacerda
  • Walkiria Brenda de Sousa Bezerra
  • Carla Solange de Melo Escórcio Dourado Universidade Federal do Piauí

DOI:

https://doi.org/10.20873/uft.2446-6492.2020v7n4p54

Resumo

Objetivo: A anemia falciforme é a doença hereditária de maior prevalência no Brasil. Embora seja conhecida há séculos, ainda não há um tratamento específico e os portadores da doença são frequentemente polimedicados. Portanto, a farmacoterapia representa um recurso terapêutico primordial na anemia falciforme e o seu prolongamento associa-se com a cronicidade e gravidade da doença. Dessa forma, a quantidade de medicamentos no esquema posológico, as doses diárias dos fármacos, as diferentes formas farmacêuticas, o total de doses por dia, as relações da dose com a alimentação, as orientações específicas para utilização dos medicamentos são características do regime terapêutico frequentemente prescrito aos indivíduos com anemia falciforme que acarretam na complexidade de sua farmacoterapia. O objetivo deste estudo foi quantificar o Índice de Complexidade da Farmacoterapia (ICFT) na anemia falciforme. Método: Trata-se de um estudo descritivo transversal envolvendo indivíduos com diagnóstico de anemia falciforme, sob tratamento medicamentoso, atendidos num centro de hemoterapia. Os instrumentos de coleta de dados utilizados foram entrevistas semiestruturadas e prontuário médico. As variáveis analisadas foram o perfil farmacoterapêutico, sociodemográfico e laboratorial. A quantificação da complexidade do regime terapêutico foi realizada conforme o Índice da Complexidade da Farmacoterapia. Resultados: A maioria dos participantes do estudo eram homens 5 (60%), ao passo que somente 40% eram mulheres. O valor do ICFT obtido foi de 6,11 sugerindo baixa complexidade da farmacoterapia e alta adesão ao tratamento farmacológico. Os principais fatores associados à complexidade da terapêutica farmacológica foi o número de medicamentos que os indivíduos faziam uso.  Conclusões: Em suma, o presente estudo revelou que a simplificação dos regimes terapêuticos, proporciona uma melhor adesão ao tratamento farmacológico com consequente melhoria da qualidade de vida do indivíduo.

 

 

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Publicado

2021-02-08

Como Citar

Pinto Souza, D. C. ., da Costa Lacerda, M. G. ., de Sousa Bezerra, W. B. ., & de Melo Escórcio Dourado, C. S. (2021). ÍNDICE DE COMPLEXIDADE DA FARMACOTERAPIA NA ANEMIA FALCIFORME. Revista De Patologia Do Tocantins, 7(4), 54–60. https://doi.org/10.20873/uft.2446-6492.2020v7n4p54