O QUILOMBO É O MEU CORPO: A história pública transatlântica na poética de Beatriz Nascimento
DOI:
https://doi.org/10.20873/uft.2447-4266.2024v10n1a7ptPalavras-chave:
intelectualidade negra, história pública decolonial, passados presentes, atlanticidades , escrevivências afrodiaspóricasResumo
O artigo tem por objetivo analisar fragmentos da poética de Maria Beatriz Nascimento, considerando suas práticas vivas de saberes emancipatórios forjados dentro e fora do espaço acadêmico. Nossa hipótese é que a ativista negra desenvolveu uma história pública decolonial engajada em múltiplos espaços, utilizando-se de diferentes linguagens (narrativas poéticas, cinematográficas, historiográficas, textos jornalísticos, discursos políticos, entrevistas orais, conferências, etc.) ao promover um debate público sobre a história da escravidão, reportando-se aos continuuns históricos (passados presentes) relacionados aos temas sensíveis como quilombo contemporâneo e memórias traumáticas da escravidão em que o corpo se configura como lugar de enunciação dos das atlanticidades e escrevivências afrodiaspóricas.
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