AS RELAÇÕES CAPITAL/TRABALHO NA ERA DA FINANCEIRIZAÇÃO:MODALIDADES DE INCLUSÃO SOCIAL

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20873/2526-1487V3N3P139

Resumo

Que significados assume a subjetividade dos assalariados no capitalismo contemporâneo no qual prevalecem as finanças? A subjetividade se articula com as relações sociais nas quais os trabalhadores estão inseridos e para a maioria tende a se impor atualmente a dominação do capital financeiro com uma chave política, cultural e ideológica. Com a financeirização, o capital busca confrontar com trabalhadores concebidos como puro custo laboral, esvaziados de subjetividade através de vários caminhos.  Pela precarização, mediante a desapropriação de vários direitos laborais; pela crescente automatização, mediante a subordinação tecnológica nas condições de trabalho; através da substituição de contratos trabalhistas por contratos mercantis, deslocando a condição de trabalhador para a figura do empresário. Os assalariados, que seguem constituindo a maioria dos trabalhadores, resistem o esvaziamento de sua subjetividade mediante a ação direta em conflitos trabalhistas, ou mediante a defesa de direitos coletivos sustentados nas instituições trabalhistas que ainda perduram. Atualmente na Argentina, os trabalhadores vinculados em sindicatos expressam uma subjetividade fortalecida pela reconstrução de um centro social que articula a classe operária com as classes medias assalariadas, que impulsiona a mobilização contra as políticas de ajuste implementadas por um regime neoliberalista tardio.

Biografia do Autor

Hector Palomino, Universidade de Buenos Aires -UBA

Professor consultor de Relações do Trabalho
Faculdade de Ciências Sociais – Universidade de Buenos Aires - UBA

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Publicado

2018-12-04

Como Citar

Palomino, H. (2018). AS RELAÇÕES CAPITAL/TRABALHO NA ERA DA FINANCEIRIZAÇÃO:MODALIDADES DE INCLUSÃO SOCIAL. Trabalho (En)Cena, 3(3), 139–154. https://doi.org/10.20873/2526-1487V3N3P139

Edição

Seção

Artigo de Pesquisa