FESTAS POPULARES AMAZÔNICAS: traços de colonialidade nas tramas da pós-modernidade

Autores

  • Nair Santos Lima Universidade Federal do Amazonas
  • Otacílio Amaral Filho Universidade Federal do Pará

DOI:

https://doi.org/10.20873/uft.2526-8031.2020v4n1p17

Resumo

As festas populares amazônicas remontam os tempos do subjugo colonial na região, mas que ainda hoje se mantém, embora ressignificada. Concebem-se as festas como constituídas das relações sociais da comunidade, as quais Simmel (1983) denomina de sociabilidades. Este ensaio pretende identificar traços de colonialidade nos cantos-enredos das “tribos” Muirapinima e Munduruku, de Juruti e dos Bois Garantido e Caprichoso, de Parintins, no ano de 2019. De abordagem qualitativa e de objetivo exploratório, a pesquisa tem por base o audiovisual, portanto, de delineamento documental. Propõe-se, portanto, um olhar descolonial, a partir da experiência da colonialidade, observadas no cotidiano dessas populações nas festas na pós-modernidade. 

 

PALAVRAS-CHAVE: Festas populares amazônicas; Colonialidade; Sociabilidade; Pós-modernidade.

 

 

 

 

ABSTRACT

The Amazonian popular festivals date back to the times of colonial subjugation in the region, but still today they remain resignified. The festivals are conceived as constituted of the social relations of the community, which Simmel (1983) calls sociability. This essay aims to identify traces of coloniality in the plot-corners of the Muirapinima and Munduruku “tribes” of Juruti and Parintins' Bois Garantido and Caprichoso in 2019. Based on a qualitative and exploratory approach, the research is based on audiovisual, therefore, of documentary delineation. For that reason, we propose a decolonial look, based on the experience of coloniality, observed in the daily life of these populations in the feasts in postmodernity. 

KEYWORDS: Amazon popular festivals; Coloniality; Sociability; Postmodernity.

 

 

RESUMEN

Las fiestas populares amazónicas se remontan a los tiempos de la subyugación colonial en la región, pero aún hoy, aunque re-significados. Los partidos Las partes se conciben como constituidas por relaciones sociales de la comunidad, lo que Simmel (1983) llama sociabilidad. El objetivo de este ensayo es identificar las huellas de la colonialidad en las líneas argumentales de/ las "tribus" Muirapinima y Munduruku de Juris y Bois Garantido y Caprichoso de Parintins en 2019. Basado en un enfoque cualitativo y exploratorio, la investigación se basa en la delineación audiovisual y por lo tanto documental. Por lo tanto, se propone una mirada descolonial, basada en la experiencia de la colonialidad, observada en la vida cotidiana de estas poblaciones en las fiestas en la posmodernidad.  

PALABRAS CLAVE: Fiestas populares amazónicas; Colonialidad; Sociabilidad; Posmodernidad.

 

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Biografia do Autor

Nair Santos Lima, Universidade Federal do Amazonas

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação Comunicação, Cultura e Amazônia - PPGCOM/UFPA. Mestra em Ciências da Comunicação pela Universidade Federal do Amazonas – UFAM. E-mail:  nslima1405@gmail.com.

Otacílio Amaral Filho, Universidade Federal do Pará

Doutor em Ciências: Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido (PPGDSTU) pelo Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da Universidade Federal do Pará (NAEA/UFPA). Docente do Programa de Pós-Graduação Comunicação, Cultura e Amazônia - PPGCOM/UFPA. E-mail: otacilioamaralfilho@gmail.com.

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Publicado

2020-01-03

Como Citar

Lima, N. S. ., & Amaral Filho, O. . (2020). FESTAS POPULARES AMAZÔNICAS: traços de colonialidade nas tramas da pós-modernidade . Aturá - Revista Pan-Amazônica De Comunicação, 4(1), 17–36. https://doi.org/10.20873/uft.2526-8031.2020v4n1p17

Edição

Seção

Dossiê Temático / Thematic dossier / Dossier temático