PROBLEMATIZAÇÕES TEÓRICAS SOBRE A DIVERSIDADE CULTURAL, SEXUAL E DE GÊNERO DO CURRÍCULO DE EDUCAÇÃO BÁSICA DE PALMAS
DOI:
https://doi.org/10.20873/uft.2526-8031.2020v4n2p227Resumo
O rito de passagem de preparação da criança para a vida adulta requer uma melhor atenção sobre a relevância da diversidade. Naturalmente o debate, seja ele sobre gênero, cultura ou sexualidade, torna-se mais do que indispensável, visto que as problematizações vão além do que é padronizado em diretrizes educacionais. Dessa forma, o presente estudo busca analisar e problematizar concepções teóricas acerca do currículo proposto pela Secretaria Municipal de Educação do Município de Palmas, tendo como base as teorias sobre diversidade cultural, sexual e de gênero para a educação básica. Como problema, questionamos se a diversidade se faz presente no currículo e o que os teóricos, como Foucault (1988); Da Silva (1999); Felipe (2006); Maia; Rocha; Vizolli (2017); Alecrim (2017); Lionço (2018), narram sobre, considerando que a descentralização do sujeito é calcada pela característica subjetiva de ser. O estudo mostra a existência de conflitos entre o que defende o currículo do Município de Palmas/TO e os apontamentos das teorias pós-críticas em relação à temática de gênero e sexualidade.
Downloads
Referências
ALECRIM, Edisselma dos Santos. Discussão de Gênero no Plano Municipal de Educação de palmas -TO. Seminário Internacional Fazendo Gênero 11 & 13th Women’s Worlds Congress. Anais Eletrônicos...Florianópolis, 2017.
ARROYO, Miguel G. Os Movimentos Sociais e a construção de outros currículos. Educar em Revista, Curitiba, Brasil, n. 55, p. 47-68, jan./mar. 2015.
BHABHA, Homi. O local da cultura. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2007.
BRASIL. Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União. Brasília, 1996.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para o ensino fundamental de nove anos. Brasília: CNE, 2010.
CARMO, Cláudio Márcio do. Minority groups, vulnerable groups and the problem of (in)tolerance: a linguistic-discursive and ideological relationship between disrespect and the manifestation of hatred in the Brazilian contexto. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, n. 64, p. 201-223, 2016.
DA SILVA, Tomaz Tadeu. Documentos de identidade: uma introdução ás teorias do currículo. Belo Horizonte: Autentica, 1999.
DO NASCIMENTO, Maria do Socorro. Sexualidades e currículo: quem tem
medo dessa relação? Reb. Revista De Estudios Brasileños I, v. 3, n. 5, 2016.
FELIPE, Jane. Representações de gênero, sexualidade e corpo na mídia. Tecnologia e Sociedade, v. 2, n. 3, p. 251-263. 2006.
FERNANDES, José Ricardo Oriá. Ensino de história e diversidade cultural: desafios e possibilidades. Cad. Cedes, Campinas, v. 25, n. 67, p. 378-388, set./dez. 2005.
FERRAZ, Osvaldo Luiz; CORREIA, Walter Roberto. Teorias curriculares, perspectivas teóricas em Educação Física Escolar e implicações para a formação docente. Revista brasileira de Educação Física e Esporte, São Paulo, v.26, n.3, p.531-40, jul./set. 2012.
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade: A vontade de saber. Tradução: Maria Thereza da Costa Albuquerque e J. A. Guilhon Albuquerque. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1988.
LIONÇO, Tatiana et al,. Ideologia de gênero: estratégia argumentativa que forja cientificidade para o fundamentalismo religioso. Psicologia Política, v. 18, n. 43, p. 599-621, 2018.
MAGALHÃES, Hilda Gomes Dutra; ROCHA, José Damião Trindade; DAMAS, Luiz Antônio Hunold de Oliveira. O currículo como vivência da complexidade no espaço escolar. Educação Temática Digital, Campinas, v.11, n.1, p.35-51, jul./ dez. 2009.
MAIA, Macos Felipe Gonçalves; ROCHA, Damião; VIZOLLI, Idemar. identidade cultural, diversidade e diferença: um olhar para gênero e sexualidade na educação. Cad. Ed. Tec. Soc., Br. J. Ed., Tech. Soc., v. 10, n. 2, p. 153-167, 2017.
MOREIRA, Antonio Flavio Barbosa. Currículo, diferença cultural e diálogo. Educação & Sociedade, Rio de Janeiro. n. 79, 2002.
PERRENOUD, P. La construcción del êxito y del fracaso escolar. Madrid: Morata, 1996.
PALMAS – TO. Lei Municipal nº 2.243/2016, de 23 de março de 2016. Disponível em: https://legislativo.palmas.to.gov.br/media/leis/lei-ordinaria-2.243-2016-03-23-3-6-2016-15-41- 30.pdf Acesso em 25 jun. 2019.
PALMAS – TO. Lei nº 2.238, de 19 de janeiro de 2016 – Plano Municipal de Educação de Palmas – TO. Diário Oficial de Palmas - TO, 19 jan. 2016. Acesso em 04 jul. 2019.
RAIMANN, Elizabeth Gottschalg. O currículo e a educação de jovens e adultos: espaço de poder-saber. Revista Acolhendo a Alfabetização nos Países de Língua portuguesa, São Paulo, v. 2, n. 3, 2007.
REIS, Toni; EGGERT, Edla. Ideologia de gênero: uma falácia construída sobre os planos de educação brasileiros Educ. Soc., Campinas, v. 38, n. 138, p.9-26. 2017.
SANTOS, Lucíola Licínio de Castro Paixão; PEREIRA-DINIZ, Júlio Emílio. Tentativas de padronização do urrículo e da formação de professores no Brasil. Cad. Cedes, Campinas, v. 36, n. 100, p. 281-300, set.-dez. 2016.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
[PT]
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista, sem pagamento, o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License (CC BY-NC 4.0), permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
Leia todos os termos dos direitos autorais aqui.