TODO AUDIOVISUAL PODE SER EDUCATIVO: AMPLIANDO O DEBATE SOBRE A COMUNICAÇÃO SENSÍVEL

Autores

  • Vanessa Matos Santos Universidade Federal de Uberlândia

Palavras-chave:

Comunicação, Audiovisuais, Educação, Metáporo

Resumo

Este artigo aborda as possibilidades de um novo horizonte de pesquisa para o entendimento dos audiovisuais nos processos educativos, assumindo que, de antemão, todo audiovisual pode ser educativo e, mais do que isso, esses materiais possibilitam ao Sujeito a liberdade para sentir, para efetivamente mergulhar no sensível, despertando outras leituras além daquelas previamente previstas pelos professores e roteiristas. Desta forma, e com vistas a desenvolver este raciocínio, este artigo - que é uma ampliação dos debates feitos em congressos da área de comunicação no Brasil - aborda a relação entre audiovisuais e educação e, em seguida, partindo da assunção de que o sensível proporciona uma nova forma de comunicação, aprofunda-se na comunicação como ruptura. Por fim, o metáporo, diferente do método no sentido clássico, é apresentado como uma forma de apreender os audiovisuais respeitando a dinâmica dos fenômenos tal com se pro cessam no mundo atual. 

 

PALAVRAS-CHAVE: Comunicação; Audiovisuais; Educação; Metáporo.

 

 

ABSTRACT

This article discusses the possibilities of a new research horizon for the understanding of audiovisuals in educational processes, assuming that, in advance, all audiovisuals can be educational and, more than that, these materials allow the subject the freedom to feel, to effectively dive into the sensitive, awakening other readings beyond those previously predicted by teachers and writers. In this way, and in order to develop this reasoning, this article - which is an amplification of the debates held in congresses in the area of communication in Brazil - addresses the relationship between audiovisual and education, and then, starting from the assumption that the sensitive provides a new form of communication, deepens communication as a rupture. Finally, the metáporo, different from the method in the classical sense, is presented as a way of apprehending audiovisuals, respecting the dynamics of phenomena as they occur in today's world.

 

KEYWORDS: Communication; Audiovisual; Education; Metapor.

 

 

RESUMEN

Este artículo aborda las posibilidades de un nuevo horizonte de investigación para el entendimiento de los audiovisuales en los procesos educativos, asumiendo que, de antemano, todo audiovisual puede ser educativo y, más que eso, esos materiales posibilitan al Sujeto la libertad para sentir, para efectivamente, sumergirse en lo sensible, despertando otras lecturas además de aquellas previamente previstas por los profesores y guionistas. De esta forma, y con miras a desarrollar este razonamiento, este artículo -que es una ampliación de los debates realizados en congresos del área de comunicación en Brasil- aborda la relación entre audiovisuales y educación y, a continuación, partiendo de la asunción de que el sensible proporciona una nueva forma de comunicación, se profundiza en la comunicación como ruptura. Por último, el metáporo, distinto del método en el sentido clásico, es presentado como una forma de aprehender los audiovisuales respetando la dinámica de los fenómenos tal y como se prohíben en el mundo actual. 

PALABRAS CLAVE: Comunicación; Audiovisual; Educación; Metáporo.

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Biografia do Autor

Vanessa Matos Santos, Universidade Federal de Uberlândia

Doutora em Meios e Processos Audiovisuais pela ECA/ USP. Mestre em Comunicação pela Unesp/Bauru. Docente do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Uberlândia (UFU-MG) com atuação também na Pós-Graduação em Tecnologias, Comunicação e Educação (PPGCE) na mesma instituição. Membro do Grupo de Pesquisa "Tecnologias da Informação e Comunicação na Educação" (UFU). Doutora em Educação Escolar pela Unesp/Araraquara. E-mail: vanmatos.santos@gmail.com.

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Publicado

2017-12-10

Como Citar

Santos, V. M. (2017). TODO AUDIOVISUAL PODE SER EDUCATIVO: AMPLIANDO O DEBATE SOBRE A COMUNICAÇÃO SENSÍVEL. Aturá - Revista Pan-Amazônica De Comunicação, 1(3), 211–234. Recuperado de https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/atura/article/view/4486