A UNIÃO RIOBRANQUENSE DOS ESTUDANTES SECUNDARISTAS (URES), O INTERACIONISMO SIMBÓLICO E A VIRADA DECOLONIAL
DOI:
https://doi.org/10.20873/uft.2526-8031.2020v4n3p78Resumo
O Movimento Estudantil brasileiro nas palavras de Poener (1979, p. 40,55), se tornou quase um barômetro da vida política no país. As primeiras manifestações que se tem registro desse movimento, ainda datam do período colonial brasileiro, a expulsão do invasor francês do Rio de Janeiro e a Incofidência Mineira. O movimento estudantil em alguns casos do contexto político nacional, se torna a vanguarda dos movimentos sociais, como é o caso da União Riobanquense dos Estudantes Secundaristas, organização estudantil fundada em 27 de julho de 1952, no então Território Federal do Rio Branco, recém desmembrado do estado do Amazonas. O interacionismo simbólico do movimento estudantil é apresentado nesse período para compreensão de diferentes aspectos da vida organizacional e vivenciados pelos estudantes riobranquenses. O isolamento social vivido pela URES na década de 60, provocou um afastamento da pauta nacional dos estudantes liderados por organizações como a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas - UBES e a União Nacional dos Estudantes - UNE. Isso fez com que a organização local tivesse uma pauta própria e criasse um discurso próximo ao nacionalismo, anti-imperialista e as vezes anti-comunista, como os relatos obtidos através do o jornal “O Estudantil”, impresso da URES que circulou de 1960 a 1964. O giro decolonial do pensamento e ações com uma pauta mais revolucionária e estudantil se dar somente décadas depois com a reconstrução da URES ocorrida em outubro de 1988, já como Território Federal de Roraima e posterior elevado a condição de estado de Roraima. Esse estudo serve de pressuposto para conceituar as diversas atuações do movimento estudantil riobranquense naquele período de revoltas e agitações políticas bem na véspera do golpe empresarial - militar de 1964.
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