PRODUÇÃO DO E NO CAMPO

Ecologização da agricultura no território paraense, Amazônia, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20873/rtg.v12i27.14862

Palavras-chave:

Ecologização, Território, Agricultura, Amazônia Paraense

Resumo

A agricultura pode ser compreendida por pelo menos dois grandes processos, a modernização conservadora da agricultura, dividida em duas ondas, a primeira iniciada com a revolução industrial e a segunda onda de modernização conservadora da agricultura dar-se a partir dos anos 1970, desta vez almejasse uma transição para uma produção agrícola financerizada, gerando a transição do meio técnico para o meio técnico cientifico informacional. Na agricultura, do agrário para o rural. O fortalecimento de críticas ao modelo modernizante da agricultura, principalmente no que se diz respeito a sustentabilidade ambiental e social, são levantados internacionalmente na década de 1970 em meio à crise energética, neste momento começou-se a buscar propostas que convertessem a agricultura modernizada em uma agricultura ecologizada, é a este processo de transição que estamos chamando de ecologização da agricultura. O presente artigo analisa o fenômeno da ecologização no território paraense a partir de políticas públicas, discursos e estratégias lançadas pelos diferentes atores que disputam o direito ao uso dos recursos presentes, pode-se observar duas redes de atores atuantes, o que configurou duas logicas de ecologização da agricultura, a ecotecnocrata e a ecosocial, ora próximo aos setores patronais, ora próximo aos povos e comunidades tradicionais e da agricultura familiar.

Biografia do Autor

Aelton Dias Costa, Universidade Federal do Pará

Mestrando pelo Programa de Pós-Graduação em Cidades, Territórios e Identidades (PPGCITI). Bolsista Fapespa. Graduado em Geografia pela Faculdade de Geografia e Cartografia. Membro técnico do Laboratório de Cartografia Social do Baixo Tocantins e Membro do Grupo de Pesquisa GEPIATI-Grupo Estudo e Pesquisa Interdisciplinar sobre Ambiente, Território e Interculturalidade.

Rita Denize de Oliveira, Universidade Federal do Pará

Possui graduação em GEOGRAFIA pela Universidade Federal do Pará (1999) e Mestrado em Agronomia pela Universidade Federal Rural da Amazônia (2002), atualmente professora nível superior da Universidade Federal do Pará e Doutora em Geografia na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Desenvolve pesquisas em parceria com o Museu Paraense Emilio Goeldi tem experiência na área de Pedologia, atuando principalmente nos seguintes temas: pedologia (solos antropogênicos), Agroecologia, geomorfologia fluvial, bacia hidrográfica e impactos socioambientais vinculados a construção de Usinas Hidrelétricas.

Max José Costa e Costa, Universidade Federal do Pará

Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Cidadades, Territórios e Identidades – PPGCITI (UFPA). Especialização em Extensão, Inovação Socioambiental e Desenvolvimento de Sistemas Agroalimentares – UFPA. Graduação em Licenciatura em Educação do Campo.

Tairis Dias Costa, Universidade Federal do Pará

Graduanda do 6º semestre de Bacharelado em Desenvolvimento Rural (FACDES/INEAF/UFPA). Bolsista CNPq do Projeto “Desenvolvimento organizacional das cooperativas da agricultura familiar no Pará”. Membro do LABCARTS - Laboratório de Cartografia social do Baixo Tocantins e do Grupo de Pesquisa GEPIATI - Grupo de Estudo e Pesquisa Interdisciplinar sobre Ambiente, Território e Interculturalidade.

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Publicado

2023-05-01

Como Citar

COSTA, Aelton Dias; OLIVEIRA, Rita Denize de; COSTA E COSTA, Max José; COSTA, Tairis Dias. PRODUÇÃO DO E NO CAMPO: Ecologização da agricultura no território paraense, Amazônia, Brasil. Revista Tocantinense de Geografia, [S. l.], v. 12, n. 27, p. 178–195, 2023. DOI: 10.20873/rtg.v12i27.14862. Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/geografia/article/view/14862. Acesso em: 19 abr. 2024.

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