INTERPRETAÇÕES PÓS-FUNCIONALISTAS DO ESPAÇO NA PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA

CONTRIBUIÇÕES PARA UMA GEOGRAFIA HUMANA INTEGRADA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20873/rtg.v11n23p01-17

Palavras-chave:

Pós-graduação, Geografia Humana, Espaço

Resumo

O presente trabalho busca repensar as bases epistêmicas da geografia humana como produção de sentido/saber docente, a partir da experiência de formação continuada, apresentando como possibilidade uma geografia humana integrada, construída numa visão conjunta material-fenomênica de seu objeto de análise, o espaço. Fundamentamos nossa discussão, além de revisão bibliográfica, nos relatos das contribuições de professores do Programa de Pós-graduação em Geografia da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), contribuições postas em duas respectivas aulas, no âmbito da disciplina “epistemologia da geografia” do curso de mestrado, no ano de 2018, caracterizando esta pesquisa como bibliográfica e narrativa/qualitativa ao apresentar histórias de vida. Os referidos professores são a Dra. Amélia Nogueira, que contribuiu com uma aula expositiva sobre fenomenologia na geografia e o Dr. José Aldemir [in memorian], que expos a teoria tríádica do espaço de Henri Lefebvre. Nos possibilitando interpretar uma geografia humana integrada como saber docente, em detrimento da tradicional cisão da geografia, tão comum nos programas de pós-graduação a nível de mestrado e doutorado. A divisão clássica entre geografia física e humana, também está em processo na própria geografia humana, com o florescer da geografia humanística e/ou cultural. Buscamos, para tanto, a partir dos relatos de experiências/saberes, buscar superar esse vício em fragmentar a geografia, destacando a importância da compreensão do espaço em totalidade, um todo complexo, colaborando para uma formação de professores-pesquisadores de geografia em totalidade, vide que o conhecimento geográfico deve ser construído sob o princípio da complexidade.

Biografia do Autor

Julian Islan Martins Rodrigues, Universidade Federal do Amazonas

Graduado em Licenciatura Plena em Geografia pela Universidade do Estado do Pará (UEPA). Especialista em Investigações Educacionais pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (IFAM). Mestrando em Geografia no Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Graduando em Licenciatura em Pedagogia pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Parecerista de periódico, na Revista Tocantinense de Geografia da Universidade Federal do Tocantins (UFT-Campus Araguaína). Atua nas respectivas áreas: Educação, Cultura e Geografia; Geografia e Direito Agrário e Ambiental; Território e Territorialidades Específicas de Povos e Comunidades Tradicionais; Conflitos Territoriais/Socioambientais na Amazônia.

Referências

CABRAL. G, R.; BASTOS. R, S. Ser professor, saberes docentes e fazer pedagógico: constituição da identidade docente a partir da formação continuada. In: MORETTO. M. (Org.). Discussões sobre a formação docente: da inicial à continuada. (Coleção educação, volume 2) – Jundiaí [SP]: Paco editorial, 2019. p. 23-42.

CLAVAL. P. A revolução pós-funcionalista e as concepções atuais da geografia. In: MENDONÇA. F.; KOZEL. S. (Org.). Elementos de epistemologia da geografia contemporânea. [revisão de texto Maria José Fernandes Naime]. – [Curitiba] : Ed. da UFPR, 2002, Reimpressão 2004. p. 11-43.

DARDEL. E. O homem e a terra: natureza da realidade geográfica. Tradução: Werther Holzer. – São Paulo: Perspectiva, 2011.

LIMA. M, G, S, B. Autobiografias de professores e formação: releitura de uma tese. In: MENDES SOBRINHO. J, A, C.; LIMA. M, G, S, B. (Org.). Formação, prática pedagógica e pesquisa em educação: retratos e relatos. – Teresina: EDUFPI, 2011. p. 33-53.

MARX. K. Contribuição à crítica da economia política. Tradução e introdução de Florestan Fernandes. – 2. Ed. – São Paulo : Expressão popular, 2008.

MARX.K.; ENGELS. F. A ideologia alemã. Tradução de Álvaro de Pina. -1. ed. – São Paulo : Expressão Popular, 2009.

MERLEAU-PONTY. M. Fenomenologia da percepção. [tradução Carlos Alberto Ribeiro de Moura]. – 2 – ed. – São Paulo : Martins Fontes, 1999.

MINAYO. M, C, S. O desafio da pesquisa social. In: MINAYO. M, C, S.; DESLANDES. S, F.; GOMES. R. (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. – Petrópolis, RJ : Vozes, 2016. p. 9-28.

MOREIRA. R. O que é geografia. São Paulo: Brasiliense. – (Coleção Primeiros Passos: 48), 8ª reimp. 14ª edição, 2006.

MORIN. E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. Tradução de Catarina Eleonora f. da Silva e Jeanne Sawaya; revisão técnica de Edgard de Assis Carvalho. – 5. ed. – São Paulo : Cortez ; Brasília, DF : UNESCO, 2002.

NÓBREGA. T, P. Corpo, percepção e conhecimento em Merleau-Ponty. Estudos de Psicologia, 2008, 13(2), 141-148.

NOGUEIRA. A, R, B. Uma interpretação fenomenológica na geografia. In: Anais do X Encontro de Geógrafos da América Latina – 20 a 26 de março de 2005 – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo-SP. p. 10243-10262.

SANTOS, M. Por uma geografia nova: da crítica da geografia a uma geografia crítica. – 3ª Ed. Editora Hucitec, São Paulo, 1990.

SCHMID. C. A teoria da produção do espaço de Henri Lefebvre: em direção a uma dialética tridimensional. Tradução: Marta Inês Medeiros Marques e Marcelo Barreto. GEOUSP – espaço e tempo, São Paulo, nº 32, p. 89 – 109, 2012.

Downloads

Publicado

2022-01-03

Como Citar

RODRIGUES, Julian Islan Martins. INTERPRETAÇÕES PÓS-FUNCIONALISTAS DO ESPAÇO NA PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA: CONTRIBUIÇÕES PARA UMA GEOGRAFIA HUMANA INTEGRADA. Revista Tocantinense de Geografia, [S. l.], v. 11, n. 23, p. 01–17, 2022. DOI: 10.20873/rtg.v11n23p01-17. Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/geografia/article/view/12080. Acesso em: 1 maio. 2024.

Artigos Semelhantes

> >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.