EMPATIA E COMPAIXÃO

A FOTOGRAFIA COMO LUGAR DE MEMÓRIA

Autores

  • Tânia Maria Sarmento-Pantoja Universidade Federal do Pará
  • Deurilene Silva UFPA

DOI:

https://doi.org/10.20873/uft2179-3948.2022v13n3p139-155

Palavras-chave:

empatia, fotografia, testemunho, memória, política

Resumo

Da crise humanitária na Síria a sua representatividade por meio da fotografia do pequeno Aylan Kurdi – menino sírio de etnia curda, encontrado morto numa praia na Turquia – pensamos neste artigo o testemunho através da estética da imagem e seu impacto na denúncia da barbárie, bem como o desafio humano de conectar-se com o outro na construção de vínculos duradouros por meio do diálogo fundado na interação empática e afinado com a reparação. Sob a perspectiva levinasiana de uma ética da responsabilidade, num mundo conectado à rede internet, entendermos como a sensibilidade empática, quando no domínio da imagem, cria a relação de semelhança com o outro, e ainda cria condições de pensar como o outro e sobre o outro, seja para lograr êxito na mediação de conflitos, seja para refletir sobre o uso da fotografia (também) como local de memória.

Biografia do Autor

Tânia Maria Sarmento-Pantoja, Universidade Federal do Pará

Doutora em Letras pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP). Professora de Literatura na Faculdade de Letras e também do Programa de Pós-Graduação em Letras, da Universidade Federal do Pará. É bolsista Produtividade em Pesquisa (PQ/CNPQ). E-mail: nicama@ufpa.br

Deurilene Silva, UFPA

Doutoranda pela UFPA. 

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Publicado

2023-02-01

Como Citar

Sarmento-Pantoja, T. M., & Silva, D. (2023). EMPATIA E COMPAIXÃO: A FOTOGRAFIA COMO LUGAR DE MEMÓRIA. EntreLetras, 13(3), 139–155. https://doi.org/10.20873/uft2179-3948.2022v13n3p139-155

Edição

Seção

Artigos