A VIDA É A MARGEM:

A VIOLÊNCIA NO ROMANCE DE JOSUÉ LUZ

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20873/uft2179-3948.2021v12n1p118-137

Palavras-chave:

Literatura; Arquivo; Violência; Efeitos de sentidos; Josué Luz

Resumo

Resumo: Neste artigo, apresentamos um exercício analítico das discursividades versadas sobre as violências no romance A vida é a margem, de Josué Luz. O nosso objetivo principal é mostrar a maneira como algumas formas de violência estão sendo simbolizadas no/pelo romance em tela concebido, neste trabalho, como dispositivo de arquivo. Nesse sentido, buscamos dar visibilidade ao funcionamento das discursividades concernentes à violência no campo, à violência contra os homossexuais e à violência contra a mulher. Para fundamentarmos nossa análise, de maneira profícua, tomamos como aporte teórico-metodológico a Análise de Discurso francesa (AD) de base pecheuxtiana. Em nosso trabalho, observamos que na composição do texto, mesmo compreendido como arquivo, o modo como ele é constituído provoca movimentos de leitura-interpretação em que não há neutralidade. Isto é, na composição do arquivo há gestos de leitura subjacentes (PÊCHEUX, 2014[1982]).

Biografia do Autor

Márcio Araújo de Melo, UFT - Universidade Federal do Tocantins

Professor e coordenador do Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade Federal do Tocantins (PPGL/UFT). Docente do Programa de Mestrado Profissional em Letras em Rede Nacional (ProfLetras) na UFT. Membro do GT de Literatura e Ensino na ANPOLL. 

Andreia Nascimento Carmo, SEDUC - Secretária da Educação do Tocantins

Professora da Educação Básica pela SEDUC-TO, doutorando do PPGL - Programa de Pós-Graduação em Letras: Ensino de Língua e Literatura da UFT

Referências

Referências

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Publicado

2021-06-12

Como Citar

Melo, M. A. de, & Nascimento Carmo, A. . (2021). A VIDA É A MARGEM:: A VIOLÊNCIA NO ROMANCE DE JOSUÉ LUZ. EntreLetras, 12(1), 118–137. https://doi.org/10.20873/uft2179-3948.2021v12n1p118-137