Educação do Campo e a publicação científica em tempos de Pandemia da COVID-19

Resumo

O ano de 2020 não trouxe apenas novos desafios para a editoração científica (pré-prints, ciência aberta, quantidade elevada de submissão de artigos em tempos de pandemia), mas foi um ano em que ficaram marcados acontecimentos de grandes proporções que afetaram não apenas a comunidade acadêmica (cortes nos investimentos em ciência, educação entre outros setores), mas toda a humanidade. Estamos falando da Pandemia da COVID-19 (OPAS/OMS, 2020; UNESCO, 2020), que afetou significativamente as vidas de professores, pesquisadores, cientistas e da população em geral.

A esse respeito, buscando continuamente se manter atualizada no debate acerca da ciência internacional, e não deixando de disseminar conhecimento científico de qualidade e atual que ajude a elevar o debate acerca de questões importantes para a Educação do Campo e Educação em geral, dentre as inúmeras submissões recebidas ao longo do ano, a Revista Brasileira de Educação do Campo (RBEC) publicou artigos sobre a Pandemia da COVID-19, a partir de diferentes contextos e perspectivas (sendo 2 artigos especiais internacionais), importantes para ampliar a discussão acerca de como a pandemia afeta a vida de professores e estudantes e como ela influencia as práticas pedagógicas desenvolvidas nas escolas e universidades, independente da área de conhecimento.

Além do fluxo contínuo, publicado regularmente no formato de Publicação Contínua, a revista publicou dois dossiês no ano de 2020: o primeiro diz respeito a “Formação e Trabalho Docente no Campo e Educação Especial: uma interface necessária”, que reúne trabalhos de diferentes instituições acerca da Educação Especial e Educação do Campo, importante para atualizar a discussão na área. No segundo dossiê, intitulado “Política e Gestão da Educação em Tempos de Retrocessos nos Direitos Sociais e Liofilização da Esfera Pública”, foram publicados artigos a respeito dos desafios e dificuldades de se produzir ciência e manter uma educação com qualidade em tempos de cortes nos investimentos em ciência, educação, tecnologia e inovação no Brasil.

Nesse sentido, podemos dizer que o ano de 2020 foi um ano de intensos desafios e dificuldades não apenas nas esferas sociais, políticas e econômicas, mas também na saúde, educação e ciência, que demandam ainda mais atenção do poder público para essas áreas para que as mesmas avancem e possam continuar contribuindo para o desenvolvimento da sociedade. Isso é importante, pois resistir contra as mazelas que assolam os campos educacionais, científicos, da saúde entre outros, é uma forma de defender a educação pública e a ciência, fundamental para se seguir em frente e cumprir o papel social com a divulgação de conhecimento científico de qualidade e acessível a todos(as).

Desejamos a todos e a todas boas leituras e um próspero ano de 2021!