Revista Brasileira de Educação do Campo
The Brazilian Scientific Journal of Rural Education
ARTIGO/ARTICLE/ARTÍCULO
DOI: http://dx.doi.org/10.20873/uft.2525-4863.2018v3n3p991
Tocantinópolis
v. 3
n. 3
p. 991-1008
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2018
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Projetos educacionais como metodologia de ensino na
escola de educação do campo Sol Nascente de Confresa-
MT
Noemia de Souza Ventura
1
, Marcelo Franco Leão
2
1
Instituto Federal de Mato Grosso - IFMT. Departamento de Ensino/ Pós-Graduação em Educação do Campo. Campus
Confresa. Avenida Vilmar Fernandes 300, Santa Luzia. Confresa - MT. Brasil.
2
Instituto Federal de Mato Grosso - IFMT.
Autor para correspondência/Author for correspondence: noemialuirage@outlook.com
RESUMO. Desenvolver projetos educacionais em escolas do
campo pode ser uma alternativa viável devido proporcionar
momentos de grandes aprendizagens aos sujeitos envolvidos.
Com o intuito de evidenciar a necessidade de desenvolver
metodologias de ensino voltadas para a Educação do Campo,
esse estudo teve como objetivo utilizar projetos educacionais
como alternativa no atendimento a essa clientela. O estudo, de
caráter descritivo e exploratório e abordagem qualitativa,
configura-se como uma pesquisa-ação desenvolvida na Escola
Estadual Sol Nascente, que é uma escola localizada na zona
rural do município de Confresa/MT. Foram desenvolvidos dois
projetos educacionais: “Ler é preciso, sonhar é inevitável” e
“Ler é o caminho pra aprender”. O estudo sobre projetos
pedagógicos voltados para as escolas de educação do campo
levou-nos a perceber a importância de inserir a leitura de livros
literários como ação dentro desses projetos. Partindo do
pressuposto que é possível colaborar com a aprendizagem dos
estudantes, esse estudo pesquisou o desenvolvimento de projetos
bem como métodos de ensino que atendam a especificidade
local neste caso uma escola do campo. Portanto, a intenção
dessa investigação foi analisar o desenvolvimento de projetos
educacionais como metodologia de ensino para tais escolas e
modalidades de ensino.
Palavras-chave: Educação do Campo, Metodologia, Ensino.
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Educational projects as a teaching methodology for
country education school Sol Nascente of Confresa-MT
ABSTRACT. Developing educational projects in rural schools
can be a viable alternative because it provides moments of great
learning to the subjects involved. In order to highlight the need
to develop teaching methodologies for Rural Education, this
study aimed to use educational projects as an alternative to
attend to this clientele. The study, with a descriptive and
exploratory character and a qualitative approach, is an action
research developed at the Sol Nascente State School, which is a
school located in the rural area of the municipality of
Confresa/MT. Two educational projects were developed:
"Reading is accurate, dreaming is inevitable" and "Reading is
the way to learn". The study of pedagogical projects aimed at
the rural education schools led us to realize the importance of
inserting reading literary books as action within these projects.
Based on the assumption that it is possible to collaborate with
student learning, this study investigated the development of
projects as well as teaching methods that meet the local
specificity in this case a rural school. Therefore, the intention of
this investigation was to analyze the development of educational
projects as teaching methodology for such schools and teaching
modalities.
Keywords: Country Education, Methodology, Teaching.
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Proyectos educativos como metodología de enseñanza en la
escuela de educación del campo Sol Nascente de Confresa-
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RESUMEN. Desarrollar proyectos educativos en escuelas del
campo puede ser una alternativa viable debido a que
proporciona momentos de grandes aprendizajes a los sujetos
involucrados. Con el fin de evidenciar la necesidad de
desarrollar metodologías de enseñanza dirigidas a la Educación
del Campo, este estudio tuvo como objetivo utilizar proyectos
educativos como alternativa en la atención a esa clientela. El
estudio, de carácter descriptivo y exploratorio y abordaje
cualitativo, se configura como una investigación-acción
desarrollada en la Escuela Estadual Sol Nascente, que es una
escuela ubicada en la zona rural del municipio de Confresa/MT.
Se desarrollaron dos proyectos educativos: "Leer es necesario,
soñar es inevitable" y "Leer es el camino para aprender". El
estudio sobre proyectos pedagógicos dirigidos a las escuelas de
educación del campo nos llevó a percibir la importancia de
insertar la lectura de libros literarios como acción dentro de esos
proyectos. Partiendo del supuesto que es posible colaborar con
el aprendizaje de los estudiantes, ese estudio investigó el
desarrollo de proyectos así como métodos de enseñanza que
atiendan la especificidad local en este caso una escuela del
campo. Por lo tanto, la intención de esta investigación fue
analizar el desarrollo de proyectos educativos como metodología
de enseñanza para tales escuelas y modalidades de enseñanza.
Palabras clave: Educación del Campo, Metodología,
Enseñanza.
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Introdução
Na conjuntura educacional atual, são
muitos os desafios a serem enfrentados
para que ocorra aprendizagem em sala de
aula. Segundo os antropólogos Bandeira &
Freire (2006), a escola necessita repensar
qual é a sua verdadeira função e assim
descobrir alternativas para que o ambiente
escolar seja um lugar onde todos,
professores e estudantes, sintam-se
acolhidos e capazes de atuar como agentes
de transformação social.
Outro aspecto a ser considerado é a
necessidade de buscar alternativas
metodológicas para o ensino, em especial
para atender as especificidades da
educação do campo. Nesse sentido, é
importante que os professores estejam
atentos ao próprio ambiente em que atuam,
ou seja, é preciso perceber as necessidades
e anseios que os estudantes apresentam, os
recursos que a escola dispõe, as situações e
possibilidades que podem ser exploradas
para potencializar o processo educativo.
Uma preocupação inicial desse
estudo foi encontrar uma maneira de
proporcionar aprendizagens significativas
aos estudantes das escolas do campo.
Atualmente, trabalhar projetos
educacionais nas escolas transformou-se
em uma nova metodologia de trabalho,
proporcionando tanto aos professores
quanto aos estudantes, momentos de maior
aprendizado e lazer.
Para muitos, os projetos educacionais
são oportunidades para os estudantes
redescobrirem seus questionamentos e
encontrar nos estudos e pesquisas que
realizarem um mundo de possibilidades
(Ventura & Leão, 2016). Essa
transformação almejada para escolas do
campo pode ser viabilizada por meio do
desenvolvimento de projetos, além de ser
uma experiência marcante para todos os
envolvidos da comunidade escolar.
O recente estudo de Pereira &
Fernandes (2017), discute a realização de
dois projetos pedagógicos realizados nas
escolas comunitárias de educação do
campo do município de Águia Branca-ES.
Nessas escolas comunitárias
agroecológicas, com o intuito de valorizar
a cultura do campo e partir da realidade
rural, foi desenvolvido em 2016 os projetos
“Horta Comunitária e Mãos Que Fazem”.
Os mesmos foram elaborados a partir das
necessidades e anseios do público
envolvido. Essas ações ajudaram a
fortalecer o processo educativo e permitiu
aos participantes irem além dos muros da
escola, ampliando suas visões de mundo,
Contudo, nem sempre os projetos são
bem vistos, aceitos ou desenvolvidos nas
escolas, porque depende da coordenação
aceitar ou não o projeto, sendo que essa
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metodologia traz benefícios para a
escola provocando grandes transformações
relacionadas à maneira de ensinar e de
aprender. Essa atividade também exime
mais planejamento na elaboração,
execução e avaliação dos mesmos.
O trabalho por projeto “não deve ser
visto como uma opção puramente
metodológica, mas como uma maneira de
repensar a função da escola”. (Hernández
& Ventura, 1998, p. 49). É claro que não se
tem um modelo específico de projeto
pronto e acabado, que possam ser
seguidos, geralmente os projetos nascem
das necessidades de cada escola, de cada
estudante e de cada professor.
No entanto, trabalhar projetos
educacionais como mediação pedagógica
requer que o professor passe a acompanhar
o desenvolvimento básico do estudante
para entender suas necessidades de
aprendizagem seu universo cognitivo e
afetivo, bem como sua cultura, história e
contexto de vida para que assim ele possa
ter clareza de sua intencionalidade
pedagógica e assim conduzir o projeto com
procedimentos pedagógicos atendendo as
especificidades dos estudantes.
Segundo Demo (2001), a
competência dos professores não se
restringe apenas ao ato de ministrar aulas e
mediar a construção de conhecimentos,
mas sobretudo ensinar a pensar. Na medida
em que os estudantes tornam-se seres
pensantes, as condições para ocorrer
transformações são favorecidas, ou seja, ao
professor compete proporcionar reflexões,
pesquisas, posicionamento e tomadas de
decisões frente aos problemas propostos
durante o processo educativo.
Além disso, percebe-se que no
decorrer do desenvolvimento de projetos
educacionais nas escolas de educação do
campo acontecem mudanças na concepção
de ensino e aprendizagem e,
consequentemente, na postura do
professor. Como defendido por Ventura &
Leão (2016), o desenvolvimento de
projetos educacionais possibilitam
transformar e dinamizar o ensino em
escolas do campo. As atividades escolares
proporcionadas pelos projetos, além de
tornar o ambiente escolar estimulante,
pode influenciar na motivação dos
estudantes.
Nesse sentido, é preciso um novo
olhar sobre o processo educativo, para que
os momentos de aprendizagem sejam
significativos e contribuam para
desenvolvimento integral dos indivíduos.
Frente essa problemática, a intenção do
estudo é abordar a necessidade dos
professores desenvolverem a metodologia
de projetos educacionais em suas aulas, em
especial nas escolas de Educação do
Campo.
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Partindo do pressuposto que é
possível contribuir com a aprendizagem
dos estudantes, esse estudo tem como
objetivo analisar o desenvolvimento de
dois projetos educacionais que envolveram
a importância da leitura na Escola Estadual
Sol Nascente como metodologia de ensino
voltada a realidade das escolas do campo.
Desenvolver projetos nas escolas do
campo pode vir a ser uma mudança
inovadora, apesar de complexa, para o
desenvolver do aprendizado dos
estudantes, pois a realidade educacional
dos estudantes do campo é bem diferente
das escolas urbanas, por isso, repensar o
que pode ser trabalhado, vivenciado,
incorporado dentro das escolas do campo,
pode resultar em resultados que podem ser
a mudança do aprender dos estudantes do
campo.
Com essas afirmações percebemos o
quanto é imprescindível renovar ou mesmo
repensar como podemos inserir o trabalho
com a metodologia de projetos no contexto
das escolas do campo, visando sempre
inovar e transformar o aprendizado em
algo mais prazeroso, e que queira fazer
parte da escola. Esse artigo trata também
das experiências vivenciadas durante os
projetos, experiências essas que foram
transformadoras e durante a avaliação
percebemos o quanto importante é o
desenvolvimento de projetos educacionais
nas escolas do campo.
Nesse sentido, cabe aqui ressaltar
que em nenhum momento afirmamos que
escolas do campo não trabalham com
projetos, mas sim, que a possibilidade de
inserir o projeto como agente
transformador das escolas vem trazendo
propostas inovadoras relacionadas ao
aprendizado dos estudantes.
Reflexões sobre projetos educacionais
Atualmente a metodologia de
projetos vem sendo discutida de forma que
nos faz repensar como professores em
como estamos desenvolvendo o nosso
processo de ensinar/aprender. Segundo
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN)
(Brasil, 1997), um projeto caracteriza-se
por ser uma proposta que favorece a
aprendizagem significativa, pois a estrutura
de funcionamento dos projetos cria muita
motivação nos estudantes e oportunidade
de trabalho com autonomia.
Neste sentido trabalhar em com
projetos pode-se dizer que melhora
significativamente a aprendizagem dos
estudantes, uma vez possibilita o estudante
a experimentação pratica da teoria
aprendida em sala de aula e ao mesmo
tempo romper com a metodologia do
quadro e giz. Neste sentido concordando
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com o autor amplia-se o campo para
inovação e interesse por novos
conhecimentos.
São elementos que envolvem o
desenvolvimento de projetos educativos: a
pesquisa, o trabalho coletivo, a
interdisciplinaridade, a cooperação, o
dinamismo, entre outros, ou seja, reúne
diversas ações e saberes em torno de um
objetivo determinado (Brasil, 1997).
Para Hernández e Ventura (1998, p.
61), os projetos entendidos em sua
dimensão pedagógica e simbólica podem
permitir:
a- Aproximar-se da
identidade dos alunos e favorecer a
construção da subjetividade, longe de
um prisma paternalista, gerencial ou
psicologista, o que implica considerar
que a função da escola não é apenas
ensinar conteúdos, nem vincular a
instrução com a aprendizagem,
b- Revisar a organização do
currículo por disciplinas e a maneira
de situá-los no tempo e no espaço
escolar, o que torna necessária a
proposta de um currículo que não
seja uma representação do
conhecimento fragmentada,
distanciada dos problemas que os
alunos vivem e necessitam responder
em suas vidas, mas, sim, solução de
continuidade,
c- Levar em conta o que
acontece fora da escola, nas
transformações sociais e nos saberes,
a enorme produção de informação
que caracteriza a sociedade atual, e
aprender a dialogar de uma maneira
crítica com todos esses fenômenos.
Considerando o que defende o autor
supracitado os projetos para educação do
campo devem estar contextualizado com a
realidade do aluno e ao mesmo tempo
ampliar a sua visão de mundo,
contribuindo para formação de agentes
capazes de interagir e transformar o meio
em que vive.
Assim sendo, o grande paradigma da
complexidade de se trabalhar um projeto
pedagógico vem sendo transformado aos
poucos em novas ideologias onde as
escolas do campo vem inserindo aos
poucos e timidamente esse novo fazer
pedagógico.
Analisando com esse olhar, pode-se
notar o quanto é valoroso proporcionar o
desenvolvimento de um projeto no âmbito
escolar, não trazendo conhecimentos
inovadores como também possibilita a
troca de saberes entre todos os envolvidos.
Logo fazendo uso de um dos quatro pilares
da educação, “aprender a aprender”,
podemos dizer que trabalhar projetos nas
escolas é e sempre será uma forma
interdisciplinar e inovadora de educar
(UNESCO, 2004).
Nesse sentido, Behrens (2005)
entende que o aprender a aprender coloca o
professor e o estudante como agentes de
investigação. Com isso percebemos a
grande importância de se trabalhar projetos
educacionais nas escolas de educação do
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campo onde possibilitará a reaproximação
entre estudantes e professores e a relação
ensino/aprendizagem se transformará em
um agente facilitador do desenvolvimento
do aprendizado do estudante. Criando uma
inter-relação entre o ensinado e o
aprendido onde tanto o professor quanto o
aluno executam em comunhão as etapas do
projeto agregando valores no resultado
final.
Segundo Hernández e Ventura (1998,
p.64), os projetos supõem; “um enfoque do
ensino que trata de ressituar a concepção e
as práticas educativas da escola, para dar
resposta e (não “A resposta”)”, isso
acontece por que o estudante passa a fazer
parte transformadora do processo em que o
projeto se insere na escola, vivenciando
cada etapa, e buscando desenvolver e
despertar novos horizontes.
Sobre essa metodologia educacional,
Valente (2000, p. 4) afirma que:
... no desenvolvimento do projeto o
professor pode trabalhar com os
estudantes diferentes tipos de
conhecimentos que estão imbricados
e representados em termos de três
construções: procedimentos e
estratégias de resolução de
problemas, conceitos disciplinares e
estratégias e conceitos sobre
aprender.
Ainda de acordo com os autores
supracitados, trabalhar projetos, não
transforma a aprendizagem, mas também
proporciona relativamente uma nova visão
da educação. Assim sendo, quando
trabalhamos projetos nas escolas de
educação do campo percebe-se que, no
decorrer do desenvolvimento integral do
projeto, acontecem mudanças na
concepção de ensino e aprendizagem e,
consequentemente, na postura do
professor.
O estudo sobre projetos pedagógicos
voltados para as escolas de educação do
campo levou-nos a perceber a importância
de inserir a leitura de livros literários como
ação dentro desses projetos. Por meio da
leitura tem-se total convicção que o projeto
colocado em prática proporciona uma
desenvoltura na escrita, na qualidade
textual, na oralidade, e que os estudantes
passam a ser decisivos, ou seja, ter suas
opiniões próprias, entre outras habilidades.
O projeto sempre trabalha
metodologias para que de forma
diferenciada possa possibilitar aos
estudantes participantes atividades
programadas de forma produtiva e
prazerosa. Nesse sentido Abramovich
(1994, p. 143), afirma que: “Ao ler uma
história a criança também desenvolve todo
potencial crítico. A partir daí ela pode
pensar, duvidar, se perguntar, questionar ...
pode se sentir inquieta, cutucada, querendo
saber mais e melhor, percebendo que pode
mudar de opinião”.
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Desta forma os estudantes passaram
a ler mais, o que promove também novos
saberes e desperta curiosidades que talvez
estivessem adormecidas. É relevante
lembrar que independente da área em que o
projeto seja desenvolvido a leitura é e será
sempre um agente transformador do
aprendizado. O livro para os estudantes do
campo é considerado uma grande fonte de
conhecimento, pois possibilita que o
mesmo tenha acesso a divertidas e
orientadoras novidades que vai enriquecer
seu espírito e transformar a sua realidade o
que promove de imediato o interesse pela
leitura.
A LDB em seu artigo 28 estabelece
as seguintes normas para a Educação do
campo:
Na oferta da educação básica para a
população rural, os sistemas de
ensino proverão as adaptações
necessárias à sua adequação, às
peculiaridades da vida rural e de cada
região, especialmente: I- conteúdos
curriculares e metodologia
apropriada às reais necessidades e
interesses dos alunos da zona rural;
II- organização escolar própria,
incluindo adequação do calendário
escolar às fases do ciclo agrícola e às
condições climáticas; III- adequação
natureza do trabalho na zona rural
(Brasil, 1996).
Quando o estudante do campo tem
acesso a livros que tratam da realidade dos
mesmos, ele passa a redescobrir o meio
que para ele parece tão natural e ao mesmo
tempo distante. Ele também percebe que
ler a realidade em que vive é manter a
esperança é descobrir de novo o quão
bonito é a simplicidade de morar no campo
e de que formas se pode utilizar os
conhecimentos, procurando dar
continuidade no processo de crescimento e
ampliação do saber, buscando sempre
praticar a leitura e incentivar as novas
gerações quanto ao hábito de ler.
O currículo desenvolvido na escola
pode ser entendido como o eixo central do
processo educativo, pois é à partir dele que
os ideais para a educação do campo
começam a se estabelecer. As proposições
serão ricas ou pobres de acordo com o
envolvimento da comunidade escolar e em
conformidade com as demandas locais
(Porto, Barros Neta & Pereira, 2016).
Nesse sentido, o currículo escolar não é
neutro devido seu caráter político, que
pode imprimir ou não a cultura e
necessidades do campo.
Procedimentos metodológicos
Na fase exploratória, após o
diagnóstico, de acordo com Thiollent
(2002), são definidas as estratégias
metodológicas e planejadas as ações. De
tal modo, escolhem-se as obras, instituem-
se roteiros de leitura e estabelecem-se
certos métodos para a realização da
constatação indicada. Para isso é
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necessário fazer o levantamento dos pontos
norteadores das pesquisas selecionadas,
torna-se indispensável procurar auxílios
em referencial teórico, disponível em
distintas áreas do conhecimento, no qual
deverá fornecer meios para exemplificar
prováveis dificuldades no andamento da
pesquisa.
Ao pleitearem-se alternativas para o
ensino, é importante retomar os conceitos
de Engel (2000), que ressalta a importância
da pesquisa-ação no ensino, pois essa
modalidade de pesquisa pode configurar-se
como uma alternativa para a necessidade
de aperfeiçoar o processo de ensino em
sala de aula.
Nesse sentido, é importante
mencionar a discussão de Thiollent (2002)
sobre o assunto, o qual considera a
pesquisa-ação como uma metodologia que
envolve investigadores na captação dos
problemas, na reflexão e na testagem de
soluções. Ao apresentar os princípios que
norteiam a pesquisa-ação, Thiollent (2002)
enfatiza a utilização das formas de
raciocínio e argumentação, princípios que
fazem parte da lógica formal.
O campo da pesquisa é a Escola
Estadual Sol Nascente, situada no Projeto
de Assentamento (PA) Confresa Roncador,
na Agrovila Lumiar, à distância de 45 km
do centro urbano de Confresa-MT. A
Escola Estadual Sol Nascente, está
localizada No P.A Confresa Roncador
Agrovila Lumiar Km 45 Zona Rural
Confresa-MT, atende nos três turnos sendo
a educação infantil com parceria com o
município, Ensino Fundamental, Médio no
turno Matutino, EJA Fundamental e
Atividade complementar (Programa Mais
Educação) no turno vespertino e EJA
Médio no turno noturno. Os estudantes são
conduzidos até a escola por ônibus escolar
que percorre todos os setores nas
proximidades da escola.
As famílias são pessoas moradoras
das regiões próximas à escola e na grande
maioria são assentados pelo INCRA nos
setores: Palmeiras, Independente II,
Postinho, Nova Era e Nova Rondônia,
famílias que vivem da produção de leite e
produção de alimentos para sua própria
subsistência, não tendo acesso às
condições e modernidades que a cidade
oferece. E a maioria dos estudantes tem na
escola a única forma de lazer e esporte
oferecidos pelos Programas dos Governos
Federal e Estadual como o Programa
Atleta na Escola, Mais Cultura, e Mais
Educação e etc.
Inicialmente foram realizadas
leituras de materiais publicados sobre o
assunto. As fontes pesquisadas foram
livros, artigos científicos e sites. Esse
embasamento teórico serviu para que as
estratégias de ensino fossem elaboradas e
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que as ações planejadas possibilitassem a
realização de projetos educacionais durante
as aulas.
Ao todo, foram desenvolvidos dois
projetos educacionais que serão aqui
apresentados de maneira cronológica ao
seu desenvolvimento. São eles: “Ler é
preciso, sonhar é inevitável” e Ler é o
caminho pra aprender”. Esse estudo trata
também das experiências vivenciadas
durante os projetos, experiências essas que
foram transformadoras.
Resultados e discussões
Foram desenvolvidos dois projetos
educacionais que serão aqui apresentados
de maneira cronológica ao seu
desenvolvimento. São eles: “Ler é preciso,
sonhar é inevitável” e “Ler é o caminho
pra aprender”. O intuito foi proporcionar
momentos significativos de aprendizagem
considerando estudantes e professores
como agentes de investigação, num
processo de aprender a aprender, defendido
pela UNESCO (2004) e por Behrens
(2005).
No decorrer do ano letivo de 2015 o
projeto Ler é preciso e Sonhar é
inevitável!”, foi desenvolvido juntamente
com o projeto ‘‘Ler é o caminho para
aprender’’ ao incentivo à leitura na escola
envolvendo toda a comunidade escolar.
Num segundo momento, em 2016, foi
realizada uma leitura e avaliação dos
projetos desenvolvidos pela E. E. Sol
Nascente, sendo realizada uma análise
comparativa com os estudantes em relação
à leitura e a escrita.
O projeto Ler é preciso, sonhar é
inevitável, foi desenvolvido juntamente
com o projeto ‘‘Ler é o caminho pra
aprender’’ pois os dois envolveram
atividades ao incentivo à leitura na escola
envolvendo não os estudantes, mas
também toda a comunidade escolar. As
ações desses projetos envolveram leitura
de gêneros como: contos, causos, poemas,
poesias, crônicas e outros; exibição de
filmes literários; roda de leitura;
seminários. A Figura 1 ilustra algumas das
ações realizadas para evidenciar a
importância da leitura da escrita para a
vida das crianças.
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Figura 1: Momentos de incentivo ao gosto pela leitura.
Fonte: Arquivo Pessoal (2015).
Nos reunimos para fazer a seleção de
todo o material para cada faixa etária o que
possibilitou diretamente a clareza de
objetividade do entendimento dos
estudantes, tudo isso seguindo as
orientações de Hernández e Ventura (1998)
sobre a aproximação com a identidade dos
estudantes, organização curricular e
relação com o contexto social.
O projeto se organizou basicamente
em quatro etapas, pesquisa, leitura,
organização e apresentações. No primeiro
momento, os professores responsáveis
apresentaram as propostas para as turmas e
as etapas em que o projeto aconteceria
(Figura 2). Em seguida aconteceu a
distribuição dos grupos de acordo com os
quesitos propostos pelo projeto. Dentro
dessas distribuições, os professores
responsáveis escolheram os temas de
acordo com as afinidades da sala em que
trabalharam.
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Figura 2: Ações desenvolvidas nas etapas do projeto.
Fonte: Arquivo Pessoal (2015).
Os estudantes fizeram suas pesquisas
sobre as escolas literárias determinadas
pelos seus orientadores, para que pudessem
entender não a essência da leitura, mas
também emoção da literatura e assim o
trabalho de pesquisa foi bem direcionado e
produtivo, também escolheram seus
autores, contexto histórico entre outros
aspectos relevantes.
A culminância do projeto aconteceu
no período das aulas, mas em um momento
cultural proporcionado pela escola como
um todo. Algumas das ações desenvolvidas
e socializadas com a comunidade escolar
podem ser observadas nas Figuras 3, 4 e 5.
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Figura 3: Mostra dos trabalhos desenvolvidos pelos estudantes.
Fonte: Arquivo Pessoal (2015).
Foram desenvolvidas rias
oficinas, todas relacionadas diretamente à
leitura, escrita e literatura. As oficinas
envolveram a leitura e releitura de várias
obras literárias, transformando-as em:
teatros, dramatizações, cartazes, jogos
educativos, poemas e cordéis. Junto com o
todo esse trabalho incluímos obras
culturais que foram trabalhadas de diversas
formas como: releituras de obras,
produções criadas pelos próprios
estudantes.
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Figura 4: Artesanato desenvolvido pelos estudantes da escola.
Fonte: Arquivo pessoal (2015).
Durante o decurso do projeto, foram
acontecendo as oficinas que tinham a
finalidade de instigar a curiosidade dos
estudantes para que ao ler ou reler uma
literatura possa se integrar e interagir com
a leitura indo a outro patamar de
conhecimentos, transformando a leitura em
um processo socializador, sonhador e
motivador.
Essa intervenção pedagógica
vivenciada vem corroborar o pensamento
de Valente (2000), que acredita que
projetos educacionais contribuem
significativamente para os processos de
ensino e aprendizagem, uma vez que
envolve diferentes conhecimentos dos
estudantes.
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Figura 5: Dramatização Lampião e Maria Bonita realizada pelos pais.
Fonte: Arquivo Pessoal (2015).
Para Abramovich (1994), realizar
leituras, principalmente de histórias de
fatos reais, pode contribuir no
desenvolvimento do potencial crítico do
estudante. Esse envolvimento com o
enredo pode estar atrelado a se
identificarem com os personagens do texto,
relacionando com suas próprias histórias
de vida.
A participação da comunidade
escolar foi fundamental e determinante
para que os objetivos dos projetos fossem
alcançados. Isso reforça o posicionamento
que não basta apenas ter boas condições
físicas nas escolas do campo, é preciso ir,
além disso, pois a formação humana dos
estudantes é potencializada por meio de
projetos educacionais que de fato
aproximem a escola da família e da
comunidade (Pereira & Fernandes, 2017).
Corrobora também o pensamento de
Porto, Barros Neta & Pereira (2016), ao
defenderem que todas as ações
desenvolvidas coletivamente no currículo
da educação do campo atende aos agentes
produtores e consumidores de saberes, que
são professores, estudantes, pais e
comunidade.
Considerações finais
O estudo mostrou que, por meio da
leitura de livros literários como ação
dentro desses projetos, é possível
proporcionar melhorias na escrita, na
qualidade textual, na oralidade, e que os
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estudantes passam a ser sujeitos decisivos
no processo, ou seja, elaboram as suas
próprias opiniões, entre outras habilidades.
Mostrou também que é possível colaborar
com a aprendizagem, uma vez que
possibilita aos estudantes a experimentação
pratica da teoria aprendida em sala de aula
e ao mesmo tempo rompe com a
metodologia tradicional.
O desenvolvimento de projetos
educacionais fez com que os estudantes do
campo desenvolvessem consciência crítica
e interesse por novos conhecimentos.
Ressalta-se que as ações desenvolvidas
visaram sempre inovar e transformar o
aprendizado em algo mais prazeroso.
Assim, é possível acreditar que a
pedagogia de projetos educacionais para as
escolas de educação do campo podem
proporcionar mudanças efetivas no ato de
aprender e educar.
Com este estudo, percebemos o
quanto é imprescindível renovar ou mesmo
repensar como podemos inserir o trabalho
com a metodologia de projetos no contexto
das escolas rurais visando sempre inovar e
transformar o aprendizado em algo
prazeroso, em que o estudante não só tenha
prazer em estudar como também queira
fazer parte da escola.
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Informações do artigo / Article Information
Recebido em : 10/07/2017
Aprovado em: 27/07/2017
Publicado em:07/12 /2018
Received on July 10th, 2017
Accepted on July 27th, 2017
Published on December 07th, 2018
Contribuições no artigo: Os autores foram responsáveis
pela escrita e revisão do conteúdo do artigo, e aprovação
da versão final publicada.
Author Contributions: The author were responsible for
the designing, delineating, analyzing and interpreting the
data, production of the manuscript, critical revision of the
content and approval of the final version published.
Conflitos de interesse: Os autores declararam não haver
nenhum conflito de interesse referente a este artigo.
Conflict of Interest: None reported.
Orcid
Noemia de Souza Ventura
http://orcid.org/0000-0002-3648-7266
Marcelo Franco Leão
http://orcid.org/0000-0002-9184-916X
Como citar este artigo / How to cite this article
APA
Ventura, N. S., & Leão, M. F. (2018). Projetos
educacionais como metodologia de ensino na escola de
educação do campo Sol Nascente de Confresa-MT. Rev.
Bras. Educ. Camp., 3(3), 991-1008. DOI:
http://dx.doi.org/10.20873/uft.2525-4863.2018v3n2p991
ABNT
VENTURA, N. S.; LEÃO, M. F. Projetos educacionais
como metodologia de ensino na escola de educação do
campo Sol Nascente de Confresa-MT. Rev. Bras. Educ.
Camp., Tocantinópolis, v. 3, n. 3, set./dez., p. 991-1008,
2018. DOI: http://dx.doi.org/10.20873/uft.2525-
4863.2018v3n2p991