Editorial

Carimbó Modernista

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Resumo

Esta terceira edição da Revista Amazônia Moderna, vinculada ao Núcleo de Pesquisas da Amazônia (NAMA), é mais um passo importante em prol de agregar e difundir a produção científica realizada na Região da Amazônia Legal ou sobre ela, congregando o campo da Arquitetura e do Urbanismo e outros afins. Em prosseguimento à linha editorial estabelecida pelo periódico, publicamos seis artigos resultantes de diferentes pesquisas que, conjuntamente, exprimem a grande diversidade de temas e tratamentos que caracterizam os estudos científicos amazônicos na atualidade.

 

Com o intuito de imprimir à publicação uma maior pluralidade de vozes, olhares e enfoques advindos de corpo técnico-científico tão heterogêneo, formado por de pesquisadores de diferentes estados da federação, este número inaugura o protocolo editores convidados. A pesquisadora Celma Chaves, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Pará (UFPA), teve a incumbência de definir o corte editorial deste número.

 

O caminho percorrido pelo periódico – desde a sua concepção em Manaus e lançamento em Palmas – até o presente, na UFPA, representa uma espécie de busca por amadurecimento através do amparo de uma instituição tradicional, tendo sido pioneira na região por constituir os primeiros cursos de graduação (1964) e pós- graduação (2012) em Arquitetura e Urbanismo. Do compromisso entre a instituição paraense e o NAMA, o terceiro Seminário de Arquitetura Moderna da Amazônia (III SAMA) foi a maior expressão desse encontro, do qual advém a maior parte dos trabalhos do número atual da revista.

 

A capa remete a uma das obras mais marcantes da arquitetura paraense: o restaurante da Universidade Federal do Pará de autoria do arquiteto João Castro Filho. A partir da desconstrução dos motivos decorativos elaborados por Castro a arte desta edição tenta ilustrar as tentativas locais na década de 1980 de um desprendimento das fórmulas modernas anteriormente consagradas. A busca de uma regionalidade amazônica expressa nos materiais e nas formas do edifício se fundem, se transformam e se sobrepõem em polifonia tal como Pound e Cupijó, com o mesmo ponto de vista.

 

A seção Registro expõe os principais momentos do III SAMA ocorrido em Belém entre os dias 20 a 23 de março de 2018 e insere a publicação da Carta do SAMA em defesa a obra de Camilo Porto em Belém.

As obras dos anos 1950 A conquista da Amazônia de Edison Carneiro (1956) e Brasília e Amazônia: reportagens de Mauricio Vaitsman (1959) abrem a seção Publicações. Na década de 1980 destaca-se o livro multi-autoral As artes visuais na Amazônia: reflexões sobre uma visualidade regional organizado por Evandro Vieira Ouriques (1985). Por fim os recentes lançamentos Igreja Catedral Cristo Redentor, publicação elaborada pela Prefeitura de Boa Vista (2011) e Modernidades tardias no cerrado: arquitetura e urbanismo na formação de Palmas de Patrícia Orfila Barros dos Reis (2018).

 

Nesta edição registramos o tributo prestado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da UFPA durante o III SAMA, organizado pelos pesquisadores daquela universidade, especialmente a professora Celma Chaves.

 

 

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Publicado

2018-11-30

Como Citar

_, E. (2018). Editorial: Carimbó Modernista. Revista Amazônia Moderna, 2(1), p.9–12. Recuperado de https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/amazoniamoderna/article/view/6197

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