Efeitos de um programa de intervenção de oito semanas de exercício físico na aptidão cardiorrespiratória e duração da dor em mulheres sedentárias com migrânea

Autores

  • Humberto José Gomes da Silva Associação Caruaruense de Ensino Superior, ASCES, Pernambuco/Brasil
  • Maria Alice Alves Araújo Centro Universitário Tabosa de Almeida - Asces-Unita, Pernambuco/Brasil
  • Paula Rejane Beserra Diniz Pós-graduação em Neuropsiquiatria, Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, Pernambuco/Brasil
  • Maria Samilla da Silva Centro Universitário Tabosa de Almeida - Asces-Unita, Pernambuco/Brasil.
  • Marta Caroline Nunes da Silva Centro Universitário Tabosa de Almeida - Asces-Unita, Pernambuco/Brasil
  • Yumie Okuyama da Silva Gauto Associação Caruaruense de Ensino Superior, ASCES, Pernambuco/Brasil

DOI:

https://doi.org/10.20873/abef.2595-0096.v3n1p3642.2020

Palavras-chave:

Cefaleia, Aptidão cardiorrespiratória, Migranea

Resumo

Introdução: Os indivíduos com migrânea, habitualmente apresentam uma baixa aptidão cardiorrespiratória (ACR). O incremento na ACR atua como modulador da migrânea. A quantificação e controle da intensidade do EF no tratamento da migrânea devem ser monitorados. Objetivo: Associar alterações na aptidão cardiorrespiratória na redução da intensidade da dor em mulheres sedentárias com migrânea. Métodos: O estudo é do tipo quase-experimental. Seis mulheres eutróficas (idade: 26±10,2anos; Vo2pico: 28,1±3,7 mL.kg-1.min-1) realizaram um teste incremental em esteira para determinação do Vo2pico, na condição basal e ao final da quarta semana. As sessões foram realizadas três vezes por semana, com a duração de 40 minutos, durante oito semanas. Resultados: Ao final das 08 semanas, houve aumento do Vo2pico (p=0,011), e redução na duração da dor (p=0,039), enquanto a intensidade (p=0,217) e frequência da dor de cabeça (p=0,056) não tiveram redução significativa. Conclusão: O exercício aeróbico com duração de 08 semanas, aumentou a aptidão cardiorrespiratória. Também se verificou a redução na duração das crises de enxaqueca.

Referências

Xavier MKA, Pitangui ACR, Silva GRR, Oliveira VMA de, Beltrão NB, Araújo RC de. Prevalência de cefaleia em adolescentes e associação com uso de computador e jogos eletrônicos. Cien Saude Colet [Internet]. 2015;20(11):3477–86. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232015001103477&lng=pt&tlng=pt

Busch V. Gaul C. Exercise in migraine therapy--is there any evidence for efficacy? A critical review. Headache. 2008;48(6):890–899.

Lima L V, Abner TSS, Sluka KA. Does exercise increase or decrease pain?? Central mechanisms underlying these two phenomena. J Physiol. 2017;(4141–4150):595(13).

Cochran AJR, Percival ME, Tricarico S, Little JP, Cermak N, Gillen JB, et al. Intermitent and continous high-intensity exercise induce similar acute but different chronic muscle training adaptations. Exp Physiol. 2014;online.

Megan B. MS, Dale S. Bond, PhD, Richard B. Lipton, MD, Barbara Nicklas P, Timothy T. Houle, PhD, and Donald B. Penzien P. Aerobic Exercise for Reducing Migraine Burden: Mechanisms, Markers, and Models of Change Processes. HHS Public Access. 2016;56(2):1922–2013.

Alexandre Hideki Okan, Leandro Ricardo Altimari, Herbert Gustavo Simões, Antonio Carlos de Moraes, Fábio Yuzo Nakamura, Edilson Serpeloni Cyrino RCB. Comparação entre limiar anaeróbio determinado por variáveis ventilatórias e pela resposta do lactato sanguíneo em ciclistas. Rev Bras Med Esporte. 2006;12.

DISORDERS. ICOH. Headache Classification Committee of the International Headache Society (beta version). Vol. 33, Cephalalgia. 2013. 629–808 p.

Mezzani A, Agostoni P, Cohen-Solal A, Corrà U, Jegier A, Kouidi E, et al. Standards for the use of cardiopulmonary exercise testing for the functional evaluation of cardiac patients: a report from the Exercise Physiology Section of the European Association for Cardiovascular Prevention and Rehabilitation. Eur J Cardiovasc Prev Rehabil [Internet]. 2009;16(3):249–67. Available from: http://journals.sagepub.com/doi/10.1097/HJR.0b013e32832914c8

Price, D. D., McGrath, P. A., Rafii A, & Buckingham B. The Validation of Visual Analogue Scales as Ratio Scale Measures for Chronic and Experimental Pain. 1983;17:1–12.

Lundqvist C, Benth JŠ, Grande RB, Aaseth K, Russell MB. A vertical VAS is a valid instrument for monitoring headache pain intensity. Cephalalgia. 2009;29(10):1034–41.

Drust B, Waterhouse J, Atkinson G, Edwards B, Reilly T. Circadian rhythms in sports performance - An update. Chronobiol Int. 2005;22(1):21–44.

Daenen L, Varkey E. Exercise , Not to Exercise , or How to Exercise in Patients With Chronic Pain?? Applying Science to Practice. Clin J Pain. 2015;31(2):108–14.

Naugle KM, Fillingim RB, Riley JL. A Meta-Analytic Review of the Hypoalgesic Effects of Exercise. J Pain [Internet]. 2012;13(12):1139–50. Available from: http://dx.doi.org/10.1016/j.jpain.2012.09.006

Simons, Laura.; Elman, Igor.; Borsook D. Psychological Processing in Chronic Pain: A Neural Systems Approach. Neurosci Biobehav. 2012;(617):61–78.

Lemmens J, Pauw J De, Soom T Van, Michiels S, Versijpt J, Breda E Van, et al. The effect of aerobic exercise on the number of migraine days , duration and pain intensity in migraine?: a systematic literature review and meta-analysis. O J Headache e Pain. 2019;8.

Amin FM, Aristeidou S, Baraldi C, Czapinska-ciepiela EK, Ariadni DD, Lenola D Di, et al. The association between migraine and physical exercise. J Headache Pain. 2018;(607–611):9.

Köseoglu E, Akboyraz A, Soyuer A EA. Aerobic exercise and plasma beta endorphin levels in patients with migranious headache without aura. Cephalalgia. 2003;17:624–30.

Santiago MDS, Carvalho D de S, Gabbai AA, Machado M, Pinto P, Moutran ARC, et al. Amitriptilina e exercício aeróbico ou amitriptilina isolada no tratamento da migrânea crônica: Um estudo randomizado e comparativo. Arq Neuropsiquiatr. 2014;72(11):851–5.

Osün Narin S, Pinar L, Erbas D, Oztürk V, Idiman F. The effects of exercise and exercise-related changes in blood nitric oxide level on migraine headache. Clin Rehabil. 2003;17(6):624–30.

Baillie LE, Gabriele JM, Penzien DB. A systematic review of behavioral headache interventions with an aerobic exercise component. Headache. 2013;54(1):40–53.

Hagen K, Wisløff U, Ellingsen Ø, Stovner LJ, Linde M. Headache and peak oxygen uptake?: The HUNT3 study. Cephalalgia. 2015;0(0):1–8.

American College of Sports Medicine. Manual do ACSM para testede esforc¸o e prescrição do exercício. Guanabara. Rio de Janeiro; 2007. 332 p.

Holloszy JO CE. Adaptations of skeletal muscle to endurance exercise and their metabolic consequences. J Appl Physiol Respir Env Exerc Physiol. 1984;831–838(56 (4)):831–8.

Poole C. Response of ventilatory and lactate thresholds to continuous and interval training. J Appl Physiol Respir Env Exerc Physiol. 1985;3(1115–1121):58 (4).

Krøll LS, Sjo C, Linde M, Gard G, Jensen RH. The effects of aerobic exercise for persons with migraine and co-existing tension-type headache and neck pain . A randomized , controlled , clinical trial. Cephalalgia. 2018;0(0):1–12.

Hanssen H, Minghetti A, Magon S, Rossmeissl A, Rasenack M, Papadopoulou A, et al. Effects of different endurance exercise modalities on migraine days and cerebrovascular health in episodic migraineurs: A randomized controlled trial. Scand J Med Sci Sport. 2018;(1103–1112):28(3).

Downloads

Arquivos adicionais

Publicado

2020-05-19

Como Citar

Gomes da Silva, H. J. ., Alves Araújo, M. A. ., Beserra Diniz, P. R. ., da Silva, M. S. ., Nunes da Silva, M. C. ., & Okuyama da Silva Gauto, Y. . (2020). Efeitos de um programa de intervenção de oito semanas de exercício físico na aptidão cardiorrespiratória e duração da dor em mulheres sedentárias com migrânea. Arquivos Brasileiros De Educação Física, 3(1), 36–42. https://doi.org/10.20873/abef.2595-0096.v3n1p3642.2020

Edição

v. 3 n. 1 (2020): Arquivos Brasileiros de Educação Física

Seção

Artigos Originais

Licença

Proposta de Aviso de Direito Autoral Creative Commons

1. Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.

b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.

c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).